Um verdadeiro teórico é aquele que cria um sistema de conceitos e pensamentos organizados sobre um determinado objeto, podendo ser um fenômeno, ou um ente, uma substância, ou uma forma, o homem, a natureza, o mundo espiritual, etc., o autêntico teórico procura entender e explicar, e com isso, produz um conjunto de leis, hipóteses, e conceitos sobre o determinado objeto ou fenômeno que observa.
Aqui transparece a diferença de um teórico industrial, de um teórico verdadeiro, este pois, produz de acordo com o artesanato de usa mente, portanto, ele não preocupa com indexações de revistas, notas, pontuações, mas com o seu trabalho.
Também existe os vigaristas, aqueles que ganham dinheiro, sentam em cargos, mas não fazem as obrigações iguais às que são exigidas para assumirem tais postos. São os autênticos puxa-sacos e professores de gabinete no sentido de estarem apenas atrás de suas poltronas, e atuando em grande parte nas reuniões, para fazerem presença, e para transparecerem as suas imagens, estes mesmos falsos teóricos, pois, são vigaristas, muito deles são “orgânicos”, isto é, estão a serviço de alguém, de algum grupo, de alguma personalidade, ou de algum movimento ideológico ostensivamente ou ocultamente favorecendo então nas entrelinhas do seu trabalho comprado, a farsa para sustentar pontos falidos da intelectualidade.
O vigarista intelectual é um mentiroso que no auge de sua titulação acadêmica, age maquiavelicamente, sendo falso, embusteiro, desonesto e falastrão.
O industrial não pensa, apenas reproduz cálculos estatísticos, fazendo com que realmente tenha pontuações, se restringe na leitura de alguns poucos artigos, usam alunos para o seu interesse, e nunca conseguiu firmar o pensamento numa estrutura.
O artesanal é o verdadeiro. Aquele que realmente publica conforme as suas experiências, e de acordo com suas comprovações. Procura não refutar hipóteses que não foram testadas, e traduzi-las como teses sem o aparato. Ou então, não transforma teses em hipóteses, e hipóteses em teses sem o crivo de sua meditação e sem a análise adequada de seu pensamento.
Para Masi valia realmente o último teórico, ele o chamava de gênio, aquele que busca o porquê e não o como. No Brasil infelizmente o “como” está muito na pinta, todavia, o “porquê” vai ficando pra trás porque depende de cultura, e esta só é obtida com livros e interpretações muito vagarosas de textos.
O verdadeiro teórico não se faz da noite para o dia, mas demora muitos anos, geralmente de dez a trinta anos. Ele é um talento a ser trabalhado vagarosamente. E não uma mente comprada, alienada, que se junta apenas num produto industrial.
Portanto, o que não tem causa não tem efeito, logo, para se ter teoria, tem que existir verdadeiro teórico, o que fugir disso não pode ser considerado teoria mas mera literatura.
Uma teoria pode ser tratada como um conjunto, ou um gênero.
Como conjunto a teoria é uma soma de conceitos, de princípios, de axiomas, de leis, de teoreses, de teses, de teorias, de experimentações, de doutrinas, que buscam explicar o próprio conhecimento ou um objeto.
Como gênero a teoria é uma explicação divina e superior sobre um determinado objeto, logo, é o geral, a tentativa de buscar o saneamento dos signos com significados adequados, e seus respectivos problemas.
Como se define uma boa teoria? Primeiro por quem A FAZ. Se a pessoa que a faz pertence a uma ideologia, ou a grupos políticos, institucionais, deverá ser olhada com segundos olhos, pois, nas entrelinhas existirão problemas, ou mesmo falsidades de conteúdos.
Por outro lado, se observa uma teoria como boa pela sua aplicação, não no sentido de unanimidade, mas no sentido de realidade.
Se a teoria tem base na realidade, ou seja, organiza os conceitos e leis promovendo novas hipóteses, ela é absolutamente verdadeira.
Sendo testada e conclamada como válida, o seu conteúdo é axiomático naturalmente.
Logo, sem dúvida, a avaliação de uma teoria está no SEU CORPO, no seu CONTEÚDO, assim sendo, se o que ela fala é REAL, e se aplica, ou tem aplicação no que se entende como a coisa, ou o objeto, ela é autentica, pois, corresponde com a sua proposta.
O corpo da teoria patrimonial, por exemplo, fala de fenômeno, dos campos de estudo, das aplicações técnicas, da filosofia contábil, então ela é verdadeira. Pode ser criticada. Pode ser discutida em algumas opiniões e comprovações. Pode ser refutada em certos tons, mas a sua validade corresponde com o conteúdo que estudamos: o patrimônio aziendal.
Outro exemplo de teoria autêntica é o neopatrimonialismo, pois, permite a visão sistemática, organiza as funções de estudo, determina novos campos, novas visões de análise e interpretação, respeita e melhora as técnicas, admite a interpretação adequada por meio das relações, em suma, se constitui como uma lógica, e na sua limitação tem um grau de perfeição obviamente.
Todas as teorias são criticáveis e podem melhorar, porque não são absolutas. Esta é a diferença com a ideologia, e o extremismo, eles são absolutos na cabeça de um lunático. A teoria não, ela tem o seu valor na proposta de sua explicação, mesmo com os limites sintáticos e até semânticos que são naturais aos homens.
O idôneo homem de ciência vai explicar adequamente conforme a sua experiência e suas comprovações, sem tergiversar, sem lidar inclinando para este ou aquele fato parcialmente, e produzirá o que realmente deve corresponde na sua interpretação com o objeto, com conteúdo válido em buscar a verdade, e por corresponder àquilo que se esperaria de uma explicação sobre o aludido fenômeno de análise.
Uma autêntica teoria deve ser aceita ou respeitada pelo valor de suas hipóteses, e pela comprovação de suas teses.
Assim, se temos uma teoria que não corresponde com a realidade ou inversamente trata de objetos bons de maneira completamente errada, podemos dizer que ela é falsa.
Os falsos cientistas, os autênticos sofistas, usam muita retórica, porém, pouca comprovação de suas assertivas. É fácil num banco de Universidade até escrever, o problema é o conteúdo do que se escrever, e o interesse de quem o faz, pois, muitos falam autenticas mentiras ou mentem o tempo todo no auge da sua autoridade. Logo, trocam o tempo todo a definição, com a predicação correta. Cometem defeitos de lógica. E prejudicam de certa forma o conhecimento geral.
Confundir os predicamentos com a coisa a ser predicada é o defeito mais comum na academia formal e nos grupos contábeis. Não é assim que eles definem ativo pelo grau de fluxo de caixa? Isso é ativo ou é uma predicação? Claro que há uma mistura na definição que eles mesmos não percebem. É um sofisma considerado adequado e admitido socialmente apenas pelo título acadêmico, ou poder político.
O problema é quando estas personalidades assumem grandes graus nas Universidades, e no auge de sua titulação começam a fazer a mesma coisa, ou seja, valem-se de suas autoridades para continuarem falando mentiras.
Logo, não podemos dar crédito àquelas hipóteses que quando foram concretadas provocaram morte, genocídio, pobreza, e lavagem cerebral. Estas falsas teorias defendidas pelos vigaristas, usam palavras boas, todavia, são totalmente colocadas de maneira errônea, sem contar que são dispostas de maneira falsa, isto é, com uma estrutura que não condiz com a essência de uma autêntica explicação científica.
Nas ciências sociais infelizmente vemos diversos casos desses, autores prolixos demais, todavia, com pouco vigor de suas ideias, quando crivadas caem por terra, não merecendo nem o grau de hipótese, mas apenas de utopia.
Rodrigo Antonio Chaves Silva é contador, especialista em gestão econômica das empresas, Professor universitário, perito judicial, consultor, analista e auditor, ganhador do prêmio internacional de contabilidade financeira Luiz Chaves de Almeida, e de história da contabilidade Martim Noel Monteiro, imortal da academia mineira de ciências contábeis, e possui 20 livros escritos.
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