segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A Relevância do Conselho de Administração para a Governança Corporativa e Estratégica

Uma nova ordem no mundo dos negócios obrigará as empresas a adotarem uma inusitada estratégia de combatividade agressiva e defensiva. O poder e a habilidade de rivalizar com sucesso em mercados “comprimidos” determinará quem sobreviverá neste contexto.

Se fizéssemos um exercício mental para relembramos a arena competitiva de vários segmentos de mercado, nos depararíamos com nomes de grandes e médios grupos nacionais e internacionais que simplesmente desapareceram ou se tornaram ínfimos, ou de conglomerados que depois de insistentes tentativas, acumularam prejuízos em nome do senso de oportunidade e poderio econômico. No fim, serão as empresas que souberem responder as questões: Como enfrentar a concorrência com vantagem, como buscar a perpetuidade?

Auxiliar as empresas a se adaptarem a um ambiente de maior competitividade é o principal objetivo da Governança Corporativa; que é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. Inicialmente constituído como um órgão próprio das Sociedades Anônimas, atualmente qualquer sociedade pode deliberar por constituir o Conselho de Administração e adotar as boas práticas de Governança Corporativa, independentemente do tipo societário em que esteja enquadrada seja como sociedade anônima, sociedade limitada, e independentemente de seu porte.

A relevância do Conselho de Administração para a Governança Corporativa: O Conselho de Administração é um órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma empresa em relação ao seu direcionamento estratégico. É o principal órgão do sistema de Governança. Um bom sistema de Governança é aquele que reconhece claramente as diferenças entre propriedade e gestão. Sua função é ser o elo entre os sócios e a diretoria, para orientar e supervisionar continuamente a relação da gestão com as demais partes interessadas, de modo que cada parte receba benefício apropriado e proporcional ao vínculo que possui com a sociedade. É, também, o guardião do cumprimento da estratégia, para que ela não se converta em um exercício de reflexão e em documentos sem aplicação prática; valoriza e busca o equilíbrio no interesse não só de seus sócios, mas da própria sociedade.

Sociedades de qualquer porte ou natureza jurídica podem determinar a criação de um Conselho de Administração. Vale destacar que sociedades anônimas, companhias de capital aberto, instituições financeiras e seguradoras são obrigadas por lei a manterem um Conselho de Administração. O mercado vem demandando por conselheiros internos, externos, independentes com experiência e com formação de instituições reconhecidas.

Neste contexto a Governança Corporativa tem concentrado esforços na Governança Estratégica; que é uma peça fundamental para assegurar que a estratégia não se converta em um exercício de reflexão e em documentos sem aplicação prática. É preciso integrar as diversas ferramentas organizacionais ao processo de tomada de decisões, estabelecendo papeis e responsabilidades, processos, estruturas e rituais de gestão para assegurar um processo decisório de longo prazo integrado. A estratégia somente gera valor quando executada!!

Professor José Eduardo Nasser
Mestre em Ciências da Informação pela UNESP – Universidade do Estado de São Paulo, MBA em Gestão de Negócios pelo PDG/SDE – Especialista em Marketing pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing,Bacharel em Economia pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado e Management Service – Disney Institute – Orlando/USA. Sua experiência profissional inclui funções diretivas em multinacionais na área de Marketing e Tecnologia da Informação e, atualmente é Sócio-Diretor da eCorporativa , Consultoria especializada em Planejamento Estratégico e atratividade de negócios, Governança Corporativa, Arquitetura de marcas – Branding, Negócios na Net e Educação Corporativa.

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