terça-feira, 18 de setembro de 2018

EBITDA: Entenda fórmula e aplicação para seu desempenho empresarial

Você conhece o termo EBITDA? Esse é um conceito muito importante para investidores de diferentes níveis. O EBITDA é um indicador utilizado para avaliar empresas de capital aberto e um de seus objetivos é ajudar a entender os balanços das empresas. Quer saber mais detalhes sobre o assunto? Confira abaixo o que é EBITDA, como calcular, e seus conceitos mais importantes, com informações do livro Contabilidade Gerencial, do Grupo GEN | Atlas.

O que é EBITDA?

O EBITDA (Earnings Before Interest Taxes Depreciation and Amortization), ou em português LAJIDA (Lucro Antes dos Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização), é muito utilizado para indicar a geração potencial de caixa, de natureza operacional, e apesar de críticas sobre sua utilização, tem amplo aproveitamento no meio empresarial.

Por que o EBITDA é importante?

Esse índice é importante para entender os aspectos operacionais de um negócio, principalmente quando a depreciação é considerada um custo afundado (sunk cost). Ao desconsiderar a depreciação, que é essencialmente operacional, o EBITDA traz a ideia do que foi gerenciado nesse período, uma vez que a depreciação é reflexo da decisão de investimentos feita no passado.

Em valor, o EBITDA pode ser utilizado como uma proxy de geração de caixa e também como uma ideia de valor de uma empresa, baseada em múltiplos EBITDAs. Portanto, a divulgação do EBITDA é uma maneira de o investidor descobrir qual é a realidade financeira da companhia e se ela está melhorando sua competitividade e a sua eficiência a cada ano.

Operacionalização

– EBITDA normatizado pela CVM → Partindo do EBIT que é o resultado operacional antes dos resultados financeiros e dos impostos de renda, adicione (para estornar) a depreciação (de ativos tangíveis) e amortização (de ativos intangíveis). Esse é o EBITDA normatizado
pela CVM.

– EBITDA Ajustado → Em alguns casos também é necessário estornar itens que, apesar de serem considerados operacionais, não têm impacto no fluxo de caixa no curto prazo, como provisão para contingências, provisão para obsolescência de estoques etc., ou, ainda, sejam de natureza não recorrente, isto é, aconteceram nesse período, mas é entendido que não se repetirão em períodos futuros, que é o caso dos resultados com a venda de ativos imobilizados ou investimentos, que, por força das normas internacionais, são contabilizadas como outras receitas e despesas operacionais. Nesse caso, estaremos falando do EBITDA ajustado, que não é normatizado pela CVM, mas tem utilização mais para gestão em termos de avaliação de desempenho do que pode ser considerado recorrente, e também como base para projeção futura pelos analistas.

Uso e implicações práticas do EBITDA

O EBITDA não é aplicável para instituições financeiras e de seguros, pois nessas empresas as receitas e despesas financeiras são consideradas atividades-fim, e não decorrentes da estrutura de capital.

Quando as potenciais transações de compra e venda de empresas sejam feitas em múltiplos EBITDAs, isso pode induzir os controladores que tenham intenção de vender o controle a enfatizar o EBITDA. Por outro lado, existem diversas formas de manipulação do EBITDA: uma delas é modificar a política de investimentos, isto é, em vez de terceirizar, a empresa troca despesas operacionais (OPEX – OPerational EXpenses) por investimentos (CAPEX – CApital EXpenses).

Com isso, o custo ou despesa operacional desembolsável diminui, e aumenta o valor de depreciação, o que não impacta o EBITDA. Sugere-se consultar a norma contábil que trata do arrendamento mercantil para avaliar os impactos dessa decisão.

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