A base material da sociedade está sendo rapidamente remodelada. Essa modificação acontece a partir de uma revolução tecnológica que é concentrada na tecnologia da informação de base microeletrônica.
O mundo é a mescla de empresas tradicionais com empresas que operam com B2C (Business To Commerce, em português: Do Negócio Para o Comércio) e B2B (Business To Business, em português: Do Negócio Para o Negócio). Essas operações são realizadas via net e com quase nenhuma interferência humana.
A base política da sociedade altera-se na forma recente de globalização, enquanto um processo social em que os arranjos decorrentes da coesão geográfica, social e cultural estão regredindo e no qual a população está cada vez mais consciente de que o mesmo regride.
As sociedades econômicas e políticas, as organizações e as instituições estão entrando em uma fase de interdependência global. O capitalismo passa por um processo de reestruturação produtiva, o qual é caracterizado por:
1. Gestão flexível e enxuta;
2. Descentralização das empresas e sua organização em redes intra e interempresariais;
3. Individualização e diversificação das relações de trabalho e aparecimento de trabalho virtual;
4. Incorporação maciça das mulheres na força de trabalho remunerada em condições geralmente discriminatórias;
5. Crescente opção política dos governos nacionais para desregular o mercado e desfazer o estado de bem-estar social, fortalecendo as políticas neoliberais propostas a partir do consenso de Washington (privatizações, controle fiscal, diminuição da ação social do estado, política cambial, etc.);
6. Aumento da competitividade e da concorrência global, com efeitos sobre o mundo do trabalho (desemprego, banalização da injustiça, etc.) e das relações pessoais (relações de intimidade e de afeto, terceirização da educação dos filhos, mercantilização da vida em geral).
O capital financeiro, especialmente o especulativo (capital de aluguel) circula com mais desenvoltura baseado nas tecnologias informacionais. Há uma alteração das forças produtivas decorrentes da revolução informacional de base microeletrônica (desalojamento de ocupações, criação de novos postos de trabalho, criação de emprego desvinculado do trabalho, etc), com o desenvolvimento de novas relações de produção, acompanhada da consolidação de bolsões de miséria humana na economia global.
Crescem as atividades criminosas, as organizações do crime tornam-se globais e informacionais e estão na rede. Temos que cuidar dos pedófilos, das lavagens de dinheiro e de tantos crimes que acontecem na net. Um novo sistema de comunicação digital está promovendo a integração de palavras, sons e imagens, universalizando a cultura.
por Robson Paniago é professor da IBE-FGV, doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing - SP e Graduado em Administração pela Universidade São Marcos - SP.
Fonte: Contadores.cnt.br
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