Em tempos de recessão, as organizações
são confrontadas com mudanças frequentes no seu ambiente negocial, que requerem
mudança de estratégia e capacidade de rápida implementação. O balanced
scorecard pode ajudar neste processo.
Cortar nos custos de forma generalizada
não parece ser a fórmula correta para as organizações sobreviverem em épocas de
recessão. Realizar esses cortes em todas as áreas organizacionais, ignorando as
prioridades estratégicas, os objetivos e as respetivas relações de causalidade,
pode ser o primeiro passo para comprometer a estratégia de longo prazo, criar
desalinhamento com a missão e, em última análise, contribuir seriamente para o
insucesso da organização no seu todo.
É um facto que melhorar a eficiência e a
produtividade constituem prioridades de qualquer organização no momento de
crise atual. Essas melhorias passam, em grande parte dos casos, por cortes e
racionalização nos custos, visando atingir resultados imediatos ou num prazo
bastante curto. Generalizou-se, assim, a afirmação: «Temos que cortar nos
custos para conseguirmos sobreviver!» Todavia, esta sobrevivência terá maior
probabilidade de acontecer se a organização conseguir, em primeiro lugar,
perceber que o ambiente mudou e, como tal, a sua estratégia terá que mudar
também. Em segundo lugar, deverá articular um plano de mudança de curto prazo
alinhado com essa estratégia e ser capaz de o implementar com rapidez.
Qualquer organização enfrenta assim hoje
um enorme desafio: ser capaz de balancear o seu percurso e destino de longo
prazo com a focalização constante em questões de curto prazo (plano de
sobrevivência) tais como redução de custos, melhorias de produtividade e
minimização do risco. Torna-se ainda absolutamente crucial executar essas
mudanças com grande rapidez e com uma margem de erro mínima. Sabemos que
implementar novas estratégias e realinhar as operações pode ser um processo
demorado. No momento atual as mudanças têm que ser implementadas em prazos
muito curtos. Aquilo que tipicamente poderia demorar meses, tem agora que ser
executado em apenas algumas semanas. Esta necessidade de rapidez, agilidade e
flexibilidade nas mudanças cria um ambiente adequado para as organizações
procurarem e avaliarem quais as melhores soluções, sistemas e metodologias de
gestão que as poderão ajudar em épocas de recessão. O balanced scorecard
parece-nos possuir as condições necessárias para integrar esse conjunto de
soluções e ferramentas de gestão.
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Por Francisco José Simões Pinto Doutorado
em Gestão Docente convidado - Universidade do Algarve
Fonte: Revista OTOC, junho de 2013
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