A convergência entre as Normas Brasileiras de Contabilidade às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) está avançando na pratica contábil das empresas brasileiras. Fato evidenciado pelos pronunciamentos técnicos contábeis (CPC), que estão embasados no IFRS. A adoção dos CPCs elevará a necessidade de evidenciação das informações dos demonstrativos contábeis.
Pressupõe-se que haverá impactos para as empresas em termos financeiros, patrimoniais e operacionais que serão provocados por modificações de práticas contábeis em função da adesão às normas internacionais, as quais exigirão novos padrões de controles.
Desta forma, o controle gerencial torna-se essencial, uma vez que provê aos gestores informações que lhes permitam avaliar a implementação de estratégias, realizam os ajustes necessários para alcançar metas, assim como possibilitam a avaliação de riscos operacionais.
O controle de riscos é fundamental, especialmente em instituições financeiras que seguem o Acordo de Basileia II. Segundo o comitê da Basiléia, risco operacional é "o risco de perda direta ou indireta, resultante de inadequações ou falhas de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos." Sugere-se que os riscos operacionais podem estar relacionados à capacidade dos sistemas de processarem as informações de forma precisa e dentro de um tempo adequado.
Segundo pesquisa no setor de instituições financeiras brasileiras, a administração dos riscos operacionais é controlada por sistemas como: Manuais de Procedimentos; dicionário e matrizes de Riscos e controles; auto avaliações; programas de compliance; conciliação contábil, sistema de cadastro e quantificação de ocorrências de riscos.
A conciliação contábil destaca-se neste controle, uma vez que pode ser utilizada para mensurar a eficácia do controle de gestão das unidades de negócio das organizações. Assim como é utilizada para garantir a exatidão e a fidedignidade das transações contábeis, pois possibilitam analises e apontamentos de qualquer divergência na escrituração contábil.
A relevância da conciliação contábil é tanta que é uma prática incondicional das auditorias externas e fazem parte dos documentos de suporte dos relatórios de auditoria. Fundamentadas nas conciliações contábeis, as auditorias externas atuam de forma investigativa, averiguando uso indevido ou desvio de caixa ou bancos, não recebimento de cliente por crédito inadequado, obsolescência de estoques e/ou imobilizados, pagamentos indevidos ou em duplicidade, erros de cálculos de impostos gerando contingências ou custos adicionais, entre outros.
Observa-se que o processo de gerenciamento de risco exigirá controle gerencial mais sofisticado. Por consequência, as conciliações contábeis deverão ser processos ágeis e com confiabilidade. Assim como para adoção das normas de IFRS, os sistemas de informações deverão ser preparados para facilitar a evidenciação e a transparência dos registros, de modo que este conjunto tenha eficácia na orientação de relatórios de riscos, de demonstrações contábeis e de auditoria.
*Mônica Tomomitsu é Gerente de Novos Negócios na KeepTrue
Fonte: Ideia da coisa comunicação
Via Contábeis.com.br
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