O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que o processo eleitoral não deveria interferir na votação da reforma da Previdência (PEC 287/16). Segundo Maia, os parlamentares que não manifestam apoio à reforma em razão das eleições de 2018 estão enganados, pois, se não for aprovada, será o principal tema da campanha eleitoral.
“Se a gente não votar a reforma, vamos ter, nos próximos dois anos, um aumento do deficit em R$ 100 bilhões. Ninguém vai conseguir ir para eleição, não vão dizer nada: quem vai prometer algum investimento na área da educação, na melhoria dos salários dos professores? O próximo presidente vai ter um deficit de R$ 100 bilhões a mais na Previdência”, disse Maia.
De acordo com o presidente da Câmara, a explicação de que a reforma não retira direitos dos trabalhadores, mas corrige distorções e privilégios, está fazendo efeito.
“A reforma está bem explicada e vai ter, a cada dia, mais brasileiros apoiando, já que ela vai acabar com a distorção da transferência dos que ganham menos para os que ganham mais e garantindo o futuro das próximas gerações”, defendeu.
Votos necessários
Rodrigo Maia mantém a expectativa de votar a proposta ainda neste ano, mas reafirmou que só pautará o tema em Plenário com a certeza de que terá os votos necessários para sua aprovação.
“A gente não vai a voto sem número, vamos tentar convencer que, sem a reforma, vamos ter um 2018 muito ruim, e um 2019 terrível”, afirmou.
Maia não quis adiantar se vai colocar a proposta em votação na próxima semana. Ele afirmou que, quanto mais tempo demorar a aprovação do texto, maior será a necessidade de uma reforma mais ampla.
“Ela vai ser votada em algum momento, quanto mais distante do dia de hoje, maior será a necessidade da reforma. Lembro que Portugal e Espanha demoraram tanto que cortaram salários e aposentadorias”, disse.
Investimentos
O presidente da Câmara afirmou que a reforma vai garantir mais liberdade orçamentária para que os entes federados tenham mais recursos para investimento.
“Não dá mais para todo final de ano a gente ter prefeitos aqui, dezenas de governadores atrás de recursos, porque isso inviabiliza a possibilidade de gestão de qualquer ente. O ideal é que as contas públicas estejam ajustadas para que tenham liberdade de investir”, explicou.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Agência Câmara Notícias
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