terça-feira, 4 de agosto de 2015

04/08 Porque e como as Empresas devem realizar o Controle Patrimonial de seus Bens

Os bens do ativo imobilizado inventariado representam a relação de todos os ativos fixos que a empresa possui, demonstrados de forma analítica, em termos de quantidade e avaliados com base no custo de aquisição ou custo atribuído (deemed cost ) em um determinado momento.

O principal objetivo do inventário patrimonial é a transparência da gestão patrimonial da empresa e não há prazo legal para sua realização.

• Obrigatoriedade Fiscal

O ativo imobilizado não tem finalidade de circulação econômica, tal qual acontece com os estoques e geral, portanto sem obrigatoriedade fiscal de registro no livro de inventário de estoques, e sim com objetivo de atender a gestão patrimonial, por enquanto, até uma nova exigência do Fisco para escrituração e apresentação.

• Características do Ativo Imobilizado

Uma característica comum dos ativos imobilizados, é o chapeamento dos bens imobilizados (colagem das etiquetas de patrimônio com código de barras), a depreciação sofrida pelos mesmos que representam a desvalorização econômica pelo desgastes, pela obsolescência do bem.

Assim, no ativo imobilizado existem as figuras do ajuste de avaliação patrimonial, teste de recuperabilidade, depreciação econômica (que é diferente da depreciação fiscal) e laudo de avaliação emitido por empresa de consultoria especializada em engenharia de avaliações. Os laudos servem para dar suporte e fidedignidade das informações patrimoniais, exigidas pela Lei 11.638/2007 e Lei 11.941/2009, o que não acontece com os estoques.

Como as empresas devem realizar os registros do Inventário Patrimonial

Desta forma, a manutenção do inventário e a escrituração do mesmo em um sistema de processamento de dados (Sistema de Controle Patrimonial) em confronto com a contabilidade se faz necessário para todas as empresas, independentemente do tamanho, seguimento ou forma de tributação.

O Livro de Inventário de Ativo Imobilizado segue os mesmos padrões do Livro de Inventário de Estoques, conforme artigo 261 do RIR/99.

Não há, perante a legislação do Imposto de Renda, um modelo próprio para Livro de Inventário de Ativo Imobilizado, podendo a empresa optar pelas seguintes alternativas:

  1. Criar modelo próprio que atenda as necessidades da administração.
  2. Adotar sistema de escrituração por meio de processamento eletrônico de dados, junto ao T.I. (Sistema de Controle Patrimonial)

Considerações Finais

Por fim, destacamos que a lei fiscal permite lançar diretamente na despesa operacional, aquisições de bens de caráter permanente, de valor inferior a R$ 1.200,00 ou de vida útil inferior a um ano, dispensando o trabalho de registrar, calcular e controlar a depreciação acumulada dos bens, a partir de janeiro de 2015, para todas as empresas.

Para efeito de Depreciação a Lei 11.638/2007 e Lei 11.941/2009, criaram a vida útil econômica diferente da vida útil fiscal, a ser aplicado a partir de 2008, com ajuste no e-Lalur e no e-Lacs para efeito da neutralidade fiscal.

Assim sendo, manter um bom controle do Ativo Imobilizado é fundamental para a atendimento as exigências da Lei (Fisco) e dos CPCs, além dos benefícios gerenciais e societários para o administrador.

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