A Solução de Consulta 8/2012
expressa o entendimento da Coordenação Geral de Tributação – COSIT
sobre a dedutibilidade das despesas e demais aspectos contratuais
relativos ao rateio de custos e despesas entre empresas do mesmo grupo
econômico.
São consideradas dedutíveis as despesas administrativas rateadas se:
a) comprovadamente corresponderem a bens e serviços efetivamente pagos e recebidos;
b) forem necessárias, usuais e normais nas atividades das empresas;
c) o rateio se der mediante critérios
razoáveis e objetivos, previamente ajustados, devidamente formalizados por instrumento firmado entre os intervenientes;
d) o critério de rateio for consistente
com o efetivo gasto de cada empresa e com o preço global pago pelos bens
e serviços, em observância aos princípios gerais de Contabilidade;
e) a empresa centralizadora da operação
de aquisição de bens e serviços apropriar como despesa tão-somente a
parcela que lhe couber segundo o critério de rateio.
Preços de Transferência
Conforme entendimento fiscal aplica-se o
Método dos Preços Independentes Comparados (PIC) ou o Método do Custo de
Produção Mais Lucro (CPL), caso se comprove que as disposições do
contrato sejam inconsistentes com as características de contratos de
compartilhamento de custos e despesas.
São características de contratos de compartilhamento de custos e despesas:
a) a divisão dos custos e riscos inerentes ao desenvolvimento, produção ou obtenção de bens, serviços ou direitos;
b) a contribuição de cada empresa ser consistente com os benefícios individuais esperados ou recebidos efetivamente;
c) a previsão de identificação do benefício, especificamente, a cada empresa do grupo.
Caso não seja possível assumir que a
empresa possa esperar qualquer benefício da atividade desenvolvida, tal
empresa não deve ser considerada parte no contrato;
d) a pactuação de reembolso, assim
entendido o ressarcimento de custos correspondente ao esforço ou
sacrifício incorrido na realização de uma atividade, sem parcela de
lucro adicional;
e) o caráter coletivo da vantagem oferecida a todas as empresas do grupo;
f) a remuneração das atividades,
independentemente de seu uso efetivo, sendo suficiente a “colocação à
disposição” das atividades em proveito das demais empresas do grupo;
g) a previsão de condições tais que qualquer empresa, nas mesmas circunstâncias, estaria interessada em contratar.
Fonte: Guia Tributário
Nenhum comentário:
Postar um comentário