O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciará, em 10 de julho, análises automáticas de recursos a ser
enviados para julgamento nas Juntas de Recursos da Previdência. A informação é do diretor de benefícios,
Alessandro Ribeiro.
A proposta foi apresentada nesta quarta-feira pelo órgão ao Ministério Público Federal em São Paulo (MPF que,
em maio, havia recomendado às agências paulistas da Previdência o cumprimento do prazo de 30 dias
o envio dos pedidos aos órgãos julgadores.
Com a mudança, que será nacional, Ribeiro estima que até 40% das requisições serão verificadas por
computador e diretamente remetidas às juntas. Hoje, todos os processos precisam passar pela pré-análise d
funcionários, para só então seguirem para julgamento.
A automatização será aplicada aos casos que não dependem da análise do processo físico ou de interpretações sobre as normas e a legislação previdenciária, conforme explica Ribeiro.
"O recurso deveria ser para discussões subjetivas sobre a análise realizada pelo funcionário do INSS que, por exemplo, considerou que não caberia a aceitação de um vínculo de emprego ou de um tempo especial", diz
Ribeiro. "Mas isso acabou se desvirtuando para discussões práticas, como aquelas provocadas por segurado
que simplesmente pedem a revisão de um cálculo da renda inicial que está correto."
A automatização dos recursos considerados mais simples também poderá resultar em concessões ou revisões automáticas, quando o computador identificar o erro cometido pela autarquia. A triagem automática, porém
não excluirá o processo do julgamento nos casos em que o direito não for identificado pelo sistema.
Os pedidos de recursos continuarão a ser apresentados pela internet, no site (meu.inss.gov.br), no aplicativo
Meu INSS ou pelo telefone 135. Mas a presença do segurado no posto de atendimento só será exigido em casos específicos.
Fonte: Valor
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