Os códigos produzidos por associações como Abrapp (previdência privada), Amec (investidores) e IBGC (governança
corporativa) nos últimos três anos privilegiam a essência sobre a forma. São, portanto, baseados em princípios; são
bússola, e não uma lista de prescrições. A eficácia dos códigos prescritivos hoje está sub judice, pelo fato de
alimentarem a danosa mentalidade de se “cumprir tabela” (box ticking mentality), o que torna a adesão meramente
superficial, com poucos efeitos práticos.
Enquanto reguladores, autorreguladores, companhias e a maioria de seus stakeholders avançam rapidamente na
incorporação do conceito “essência sobre forma”, os auditores contábeis, que por força de mandato deveriam
desde o início desta década estar à frente desse processo, parecem, na verdade, resistir e insistir numa indevida
aderência ao formalismo das suas normas e padrões.
por Isabella Saboya, conselheira de administração de empresas abertas
Fonte: Capital Aberto
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