O ativo imobilizado, também chamado de ativo fixo, representa os investimentos em bens corpóreos de longa maturação, necessários à manutenção da atividade operacional da empresa.
Com a automação crescente, os ativos fixos ganham relevância dentre os recursos das empresas, com consequente crescimento das despesas de depreciação dos bens no custo dos produtos vendidos.
O reconhecimento da perda de utilidade do imobilizado se materializa com o uso da técnica conhecida como depreciação do ativo imobilizado. Os termos amortização e exaustão são utilizados para indicar a mesma técnica quando os ativos são incorpóreos ou representam recursos naturais, respectivamente.
O atual desafio da Depreciação do Ativo Imobilizado para Contabilidade
A questão da depreciação de ativos imobilizados é um campo de desafio para a Contabilidade. Quando a taxa de renovação tecnológica era baixa, os conceitos de depreciação eram razoavelmente bem aceitos.
Uma máquina, por exemplo, tinha sua vida útil econômica estimada sob forte observância nas causas “deterioração pelo uso” e “ação do meio ambiente”, mas com pouca atenção na causa “obsolescência”. A perda linear da capacidade de gerar benefícios também não era rigorosamente questionada, até por estar mais relacionada com o aspecto físico do bem.
Na indústria, a depreciação é um item relevante na apuração do custo dos produtos fabricados e vendidos, e traduz o reconhecimento da perda de utilidade econômica de um bem, pelo uso, pela exposição às condições ambientais e pela obsolescência.
Critérios de Depreciação do Ativo Imobilizado
São vários os critérios de depreciação conhecidos, sejam baseados na passagem do tempo, na intensidade de utilização do ativo, na quantidade de unidades produzidas. O ideal seria que os métodos contemplassem aspectos técnicos e econômicos fundamentados, minimizando a arbitrariedade na sua aplicação. Os critérios fiscais deveriam ser reservados apenas para atendimento ao fisco, valendo-se a Contabilidade do uso de métodos mais elaborados.
Importa salientar a relevância deste item de gastos na apuração dos resultados, sejam eles fiscais ou gerenciais. Isso entendido, naturalmente fica evidenciada a necessidade de ordenação e mensuração dos ativos fixos e da sua perda de capacidade de gerar benefícios futuros para a entidade.
Se os ativos valem pelo potencial de serviços futuros que trarão para a organização, a depreciação destes mesmos ativos derivará da diminuição deste potencial, ou seja, da degradação de benefícios esperados destes investimentos.
Verifica-se claramente uma revisão nos conceitos de mensuração e avaliação de ativos corpóreos e da sua depreciação, apontando para um caminho inclusive de maior utilização do instrumental matemático.
Como se percebe, a decisão de investimento em ativo fixo é das mais relevantes dentro de um empreendimento, e o critério de alocar sua perda gradual de utilidade é igualmente uma tarefa complexa, para a qual se faz necessário o apoio em análises e cálculos diversos.
Ciclo do Ativo Imobilizado
O consumo do ativo imobilizado deverá estar reconhecido, numa sequência lógica e tendo em conta o custeio por absorção, no estoque de produtos acabados, no custo dos produtos vendidos, nas duplicatas a receber, no caixa e, fechando o ciclo pelo reinvestimento, no novo ativo imobilizado.
Este ciclo, longo no passado, médio no presente, tende a ser cada vez mais curto no futuro. Num processo de continuidade, a empresa precisará constituir fundos com os “recursos provenientes da depreciação”, necessários para a renovação tecnológica. O aviltamento de preços dos produtos pela má consideração de itens que não representam desembolsos imediatos traz consequências negativas para a perpetuidade dos negócios.
A “nova” depreciação tem muito a ver com a capacidade de identificar a perda de utilidade, fundamentalmente pela obsolescência, do bem tangível.
Fonte: AfixCode
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