As empresas em geral, sejam pequenas, médias ou grandes para realizar
seus objetivos, metas e às vezes estratégias, se apóiam em um forte
planejamento seja em nível macro, isto é, formatado para o ramo de
negócio em que atuam, seja em nível micro, para determinada área da
administração; pode ser na área de marketing, produção, qualidade, bem
como na área de pessoas.
Não basta apenas que a gestão elabore o planejamento, pois, o
problema da ineficácia deste não está em sua formatação, mas sim na sua
execução. Isso mesmo, eu explico: o problema está na implementação e não
propriamente na implantação, tanto isso se confirma, que qualquer
pessoa com noções mínimas de administração e que já atue na área pode
montar um planejamento. É claro que os tipos de planejamento em sua
abordagem geral: planejamento estratégico, planejamento tático e
planejamento operacional são distintos, em forma, amplitude, tempo de
aplicação e desenvolvimento e até mesmo do nível em que se encontram os
colaboradores.
O departamento/setor de recursos humanos, dependendo do tamanho e da
complexidade da empresa necessita ter uma equipe de trabalho
multiprofissional para que o planejamento possa ser bem realizado, como
por exemplo: administradores, assistentes de rh, psicólogos, etc. O
planejamento de recursos humanos pode e deve estar relacionado aos seus
processos da gestão de pessoas, mas para isso ele deve estar alinhado à
toda filosofia da organização. Muitas empresas conseguem elaborar bons
programas de treinamento e desenvolvimento, programas de cargos,
carreiras e salários, programas de avaliação de desempenho com ajuda dos
profissionais experientes e com expertise no assunto. Perceba,
caro leitor, que os vários profissionais eu a organização possui devem
inovar para obter êxito e considerar que em se tratando de inovação,
máquinas não inovam, somente pessoas.
Citamos como exemplo de planejamento que necessariamente deve ser
elaborado pelo gestor de pessoas com ajuda dos profissionais envolvidos,
o planejamento de recrutamento e seleção. Deve-se então, neste caso
particular não se esquecer de realizar a pesquisa, considerando os
ambientes interno e o externo. Para a pesquisa interna deve-se
considerar a necessidade desse recrutamento, isto é, torna-se
imprescindível por vezes avaliar o desempenho dos colaboradores, caso
não haja um feedback positivo apoiar-se numa possível captação de
pessoas, outro ponto é: deve-se recrutar mesmo neste período atual ou
pode-se esperar mais um tempo? o perfil que destaca habilidades e
competências do futuro colaborador que ocupará o cargo já foi analisado?
Sobre o ambiente interno o gestor já considerou a análise do mercado
profissional de rh, isto é, existe mesmo este profissional?
Como podemos notar, o planejamento envolve muitas questões que devem
ser analisadas antes de se realizar certas ações pelo gestor de Rh e sua
equipe. De certo, a área de RH tem seus conflitos com a área
financeira. Nem sempre o que o Rh deseja realizar a empresa terá
condições de bancar. Muitas vezes os próprios gestores financeiros
alertam para alguns gastos desnecessários que podem ser evitados pela
gestão de RH. O planejamento envolve recursos financeiros e é por isso
que destacamos aqui esta questão.
Ótimos planejamentos de recursos humanos são elaborados e realizados
quando se têm bastante informação do que se pode ou não fazer realmente
em detrimento das condições que se encontra a organização.
Mais do que planejar para o futuro considero importante o pensamento
de realização concreta para o futuro. Entenda: não basta apenas pensar
que se pode recrutar, selecionar, treinar, contratar, efetivar uma
progressão salarial ou ainda uma transferência. O gestor de Rh deve ter
claros os objetivos da área, e estes devem estar casados com o que a
organização deseja, espelhando-se na política, valores, missão, visão já
previamente formalizados.
Devemos sempre lembrar que a condição de sucesso de um planejamento
se apóia inicial e necessariamente no profissional que está à frente
desse processo e para isso, em se tratando da gestão de pessoas levamos
em consideração que somente as habilidades conceituais e técnicas não
são inteiramente suficientes, não podemos descartar as habilidades
humanas, pois estas são as que estão ligadas diretamente à inteligência
emocional e a capacidade de resolução de conflitos. As organizações
necessitam equilibrar idéias, emoções e situações desagradáveis e não dá
para ajustar isso se estas não tiverem a pessoa certa.
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