quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
09/01 Melhores práticas para as PMEs
O ano inicia-se sob a linguagem internacional de negócios e deverá ser um marco para as PMEs, tanto no Brasil, como em outros países que se comprometeram a adotar a norma. Segundo o último boletim do IFRS 80 países, de um total de 191, segundo a Organização das Nações Unidas, anunciaram ou planejam a adoção. Na América Latina, de um total de 21 países, 43% são signatários: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
A Contabilidade das PMEs é baseada em princípios, assim como todo o IFRS, não há regras detalhadas a serem seguidas, mas uma abertura para vários tratamentos, um pouco mais restritos na Contabilidade das PMEs que no IFRS Completo, que permitem oferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de caixa destas entidades, útil para a tomada de decisão por vasta gama de usuários que não estão em posição de exigir relatórios feitos sob medida para atender suas necessidades particulares de informação.
Com a aderência às normas internacionais iniciamos uma mudança cultural e de práticas contábeis apoiam o processo decisório dos proprietários e usuários da contabilidade e, concomitante, uma melhoria no controle interno e na gestão, como afirmou Giancarlo Attolini por ocasião da 2ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente do Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil: “padrões mais elevados de contabilidade e auditoria melhoram a gestão da empresa”.
A preocupação com os aspectos relevantes de gerenciamento das PMEs levou a IFAC (Federação Internacional dos Contadores) a elaborar um guia de denominado “Guide to Practice Management for Small- and Medium-Sized Practices”, cuja terceira edição foi disponibilizada em dezembro/2012 no endereço eletrônico: http://www.ifac.org/about-ifac/small-and-medium-practices-committee.
Em princípio, o guia foi elaborado para profissionais de contabilidade, objetivando melhorar a gestão e a eficiência operacional. Tem como escopo melhorar a rentabilidade, competência e eficiência prática na gestão das empresas, bem como, preparar o contador para prestar assistência prática aos empreendedores e gestores.
As empresas ao atingirem determinado porte precisam imprimir confiabilidade as suas demonstrações financeiras, tarefa executada pelos auditores independentes que usam procedimentos técnicos com a finalidade de verificar a adequação de atos e fatos contábeis.
Sob os aspectos da contabilidade as grandes empresas de auditoria independente, denominadas de Big Four (PricewaterhouseCoopers, Deloitte & Touche, Ernst & Young e KPMG), tem se movimentado ao redor do mundo para elaborar guias de aperfeiçoamento sobre IFRS/PME, contudo esta é uma oportunidade para as firmas de auditoria de pequeno e médio porte, desde que implementem as ISAs (normas internacionais de auditoria) de forma rápida e com qualidade.
O IBRACON atualmente conta com mais de 120 empresas associadas, quase todas pequenas e médias empresas que muito podem contribuir para o crescimento das PMEs.
Neste artigo o conceito utilizado para PMEs é oriundo da Lei 11638/07 onde são consideradas como empresas de pequeno porte, aquelas com ativos inferiores a 240 milhões no exercício anterior e/ou receita anual inferior a 300 milhões).
Por Levi Gimenez
Fonte: Essência Sobre a Forma
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário