O Ebitda (lucro antes dos juros, tributos sobre o lucro, depreciações e amortizações) vem sendo utilizado — e,
aparentemente, cada vez mais — como mensurador do desempenho e também do valor econômico das empresas.
Dá a impressão de que se descobriu a fórmula simples e milagrosa para se avaliar empresas. Mas o uso dessa
medida representa um enorme risco para os que não têm domínio completo sobre o conceito.
Imagine uma rede de drogarias que tenha 100 farmácias, todas instaladas em imóveis alugados, por um período de
20 anos, por um valor médio mensal de 5 mil reais por unidade. Assim, o gasto total das locações soma 6 milhões
de reais por ano. Digamos que o Ebitda dessa empresa seja de 20 milhões de reais anuais, sendo que desse
montante foi descontado o aluguel anual de 6 milhões de reais — afinal, a despesa foi paga em caixa. Portanto,
hoje cada aluguel desse gera, contabilmente, em cada mês, o registro do que compete a esse mês e ponto final: ou
seja, a despesa de 6 milhões de reais por ano.
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Eliseu Martins é professor emérito da FEA-USP e da FEA/RP-USP, consultor e parecerista
na área contábil
Fonte: Capital Aberto
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