Neste momento no qual o cenário político-econômico brasileiro evidencia que o País precisa avançar em termos de compliance, é importante contar com a experiência dos auditores independentes, cuja atuação pode contribuir de modo significativo. Apesar de não ser uma garantia plena contra a corrupção ou de que ela seja posteriormente detectada, o seu trabalho, baseado nas normas brasileiras e internacionais, visa a uma asseguração razoável, mas não absoluta, de que as demonstrações contábeis das organizações auditadas estão livres de distorções relevantes, independentemente se causadas por erro ou fraude.
Mesmo observando quesitos técnicos, há um risco inevitável de não detectar distorções das demonstrações contábeis. Uma das causas é que o auditor é o primeiro profissional que um gestor mal intencionado tentará ludibriar, escondendo ou camuflando informações. Ademais, a lei é clara quanto à responsabilidade dos dirigentes de uma empresa pelo estabelecimento de uma estrutura de governança apropriada e demonstrações contábeis fidedignas.
É por isso que, num cenário nacional em que compliance torna-se palavra de ordem, os auditores incluem-se dentre as profissões com mais oportunidades de trabalho, a despeito da crise. Outro fator favorável à carreira é o fato de as empresas estarem mais atentas às suas estruturas de governança, com a Lei Anticorrupção (12.846/2013).
O Brasil precisa resgatar credibilidade, estimular empreendimentos e criar empregos. Para isso, o capital humano é decisivo.
Por Idésio Coelho, presidente do Ibracon
Fonte: Jornal DCI - 23/05/2016
Via Ibracon.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário