Este estudo teve por objetivo identificar os fatores associados à constituição de comitês de auditoria nas empresas negociadas na BM&FBovespa. A partir da literatura foram observados dez fatores associados à constituição de comitês de auditoria. Estes fatores foram testados empiricamente nesta pesquisa para identificação de características aplicáveis ao contexto brasileiro. O estudo foi desenvolvido com sustentação da Teoria da Agência, como pesquisa documental, com abordagem quantitativa, mediante análise de dados relativos ao ano de 2013. A amostra foi composta por 116 empresas, e os dados analisados obtidos por meio de demonstrações contábeis e formulários de referência. A análise de dados foi efetivada com o uso da regressão logística. Os resultados indicaram que empresas maiores e do nível de governança corporativa ‘Novo Mercado’ estão mais propensas à existência de comitês de auditoria. Por outro lado, companhias do setor de consumo não cíclico e com maiores proporções de ativos mantidos (assets in-place) estão menos sujeitas à existência de comitês de auditoria. Para os demais fatores investigados não houve constatação de associações significantes com a existência de comitês de auditoria.
por Raphael Vinícius Weigert Camargo - Doutorando e Mestre em Contabilidade pelo Programa de Pós-Graduação em Contabilidade (PPGC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Leonardo Flach - Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Contabilidade (PPGC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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