A competição do mercado possui um efeito disciplinador para as firmas, podendo contribuir para melhoria da governança corporativa e redução dos custos de contratos. Em razão do aumento do fluxo das informações e possibilidade de uma maior comparação entre as firmas do mesmo setor, a competição pode limitar a discricionariedade do gestor, inclusive tendo impacto direto na qualidade da informação contábil. Partindo desse pressuposto o presente trabalho investiga a relação existente entre o ambiente competitivo, no qual a firma encontra-se inserida, e a persistência dos lucros e seus componentes (accruals e fluxo de caixa), na obtenção dos lucros e retornos das firmas em períodos seguintes. Foram utilizados como base, o modelo de Dechow (1994), Sloan (1996) e o modelo adaptado de Ali; Hwang; Trombley (2000). Como proxy para a competição foi utilizado o índice de Herfindahl-Hirschman. A amostra contempla as empresas de capital aberto listadas na BM&FBovespa durante o período compreendido entre 2006 e 2012. Os resultados de um modo geral indicam que para a amostra analisada a estrutura de mercado (nível de competição) altera a relevância do fluxo de caixa e em setores mais concentrados (menos competitivos) os lucros e retornos são superiores.
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por William Brasil Rodrigues Sobrinho - Mestrando em Ciências Contábeis (UFES) Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO)
Herbert Simões Rodrigues - Mestrando em Ciências Contábeis (UFES) Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo (SEFAZ-ES)
Isaac Gezer Silva de Oliveira - Mestrando em Ciências Contábeis (UFES) Servidor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES)
José Elias Feres de Almeida - Doutor em Controladoria e Contabilidade (USP) Professor Adjunto da Universidade Federal do Espírito Santos (UFES)
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