Em momentos de grandes flutuações econômicas, seja em expansões robustas ou em épocas de retração acelerada, riscos e oportunidades são lados da mesma moeda.
Nestes cenários, há um aumento de operações de aquisições e fusões, tanto de empresas que as veem como uma ferramenta para a proteção do ativo, como de organizações que identificam oportunidades para expandir seu negócio, ou até mesmo a entrada em um novo mercado.
Uma operação de fusão ou aquisição é uma transação que, devido sua natureza, apresenta um alto grau de complexidade e implica na aceitação de vários riscos.
Compradores e vendedores cercam-se de consultores que avaliam minuciosamente informações operacionais, financeiras, contábeis, mercadológica, trabalhistas e tributárias, com o objetivo de minimizar surpresas após a conclusão destas operações. Porém, muitas vezes os aspectos relacionados ao Capital Humano não são avaliados com o mesmo cuidado ou são tratados como itens menos relevantes.
Esta negligência com a avaliação prévia do Capital Humano e seus desdobramentos, pode ser danosa e implicar em perdas irrecuperáveis para a organização, fazendo que uma operação que tinha o intuito de aumentar o valor da companhia tenha exatamente um efeito contrário.
A destruição do valor de uma empresa que participou de um processo de fusão ou aquisição é, muitas vezes, consequência da incompatibilidade de modelos culturais.
Na maioria dos casos, companhias que apresentam separadamente um relativo grau de sucesso, quando unidas em uma única organização podem criar um alto grau de desordem, pondo em choque valores, culturas e modelos de gestão incompatíveis.
Por Paulo Funchal, Hugo Nisembaum e Miguel Nisembaum
Fonte: Grant Thornton
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