Nós, contabilistas, estamos cansados de ver divulgadas, na mídia, expressões absolutamente incompatíveis e desconexas da verdade real, como “contabilidade criativa”, ou termos semelhantes, que diminuem grandemente a percepção da contabilidade (verídica) como ciência social e desvalorizam a profissão de quem labuta diariamente para dar transparência às contas de empresas, governos e instituições.
Não existe a tal da “contabilidade criativa”, nunca existiu! O que existe, isto sim, comprovadamente (vide operações Lava-Jato e “pedaladas fiscais”) é a “malandragem pública”, e “malabarismos orçamentários”, tentando, por vias tortas, ilegais, imorais e absolutamente incompatíveis com a ciência contábil, dar ares de legitimidade às práticas públicas de falta de transparência fiscal.
Se houve a despesa (no caso, com gastos “sociais” do governo federal), deve ser registrada de imediato, e não “postergada” para períodos subsequentes. Não é à toa que o pedido de impeachment da atual “presidenta” da República seja baseado nesta justa razão: malandragem não é contabilidade, é crime!
Reflita, caro colega contabilista: se neste momento histórico da nação brasileira, nos calarmos e “temermos” qualquer represália a nossas atividades, nos acovardando de nos pronunciar publicamente contra os desmandos dos governos e das falcatruas largamente utilizadas pelos entes federativos, estaremos sendo passíveis de censura pelas gerações que nos sucederem.
Pela moralidade pública, pela ordem, pelo progresso do Brasil!
Por Júlio César Zanluca – contabilista
Fonte: Guia Contábil
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