Com as empresas cada vez mais preocupadas em manter suas atividades de maneira sustentável, os termos da contabilidade ambiental estão ficando cada vez mais presentes no trabalho do contabilista e, por isso, é preciso manter seu conhecimento atualizado.
O desafio das empresas de crescer economicamente e compatibilizar isso com a preservação ambiental faz com que seja cada vez maior a importância de demonstrar os investimentos feitos para a preservação e/ou recuperação da natureza. Essas informações, além de enriquecer as demonstrações, permitem aos usuários avaliar melhor a grandeza dos investimentos em comparação ao patrimônio e aos resultados num determinado período.
Entenda melhor as diferenças entre ativo e passivo ambiental e fique preparado para dar todo o suporte aos seus clientes!
São recursos usados pela entidade visando benefícios futuros diretamente ligados à proteção do meio ambiente ou à recuperação daquele já degradado — isso vale também para a conservação de áreas nativas. Aqueles recursos usados no processo produtivo e que agridem em menor grau o meio ambiente, chamados também de tecnologia limpa, não são considerados ativos ambientais, mas ativos operacionais propriamente ditos.
O meio ambiente poluído pode acelerar o desgaste dos ativos operacionais expostos a esse meio e a redução da vida útil provocada por essa exposição deve ser considerada um custo ambiental, dado que reflete as perdas decorrentes do meio poluído.
Estão representados pelos insumos (como peças, acessórios e similares) utilizados nos processos para reduzir ou eliminar os níveis de poluição; investimentos em aquisição ou produção de máquinas, equipamentos, instalações, etc., que diminuam os impactos causados ao meio ambiente; e gastos com pesquisas que visam ao desenvolvimento de tecnologias modernas que resultem em benefícios ou ações que refletirão nos exercícios seguintes.
Passivo ambiental
É toda e qualquer obrigação de curto ou longo prazo — que pode incluir percentual do lucro do exercício — resultante de impactos causados ao meio ambiente, que é destinada única e exclusivamente à extinção ou redução desses impactos. Essa obrigação é contraída perante terceiros e pode se traduzir em recuperação de áreas degradadas, indenizações, obrigatoriedade de criação de meios para amenizar danos e multas, e penalidades conforme as leis ambientais, no caso de infração destas.
Geralmente, os passivos ambientais são mais conhecidos pela conotação negativa, ou seja, empresas que agrediram significativamente o meio ambiente e que foram obrigadas a pagar grandes indenizações, multas ou realizar processos de recuperação de áreas danificadas.
Vejamos alguns exemplos:
- O acidente no Alaska (EUA) com o petroleiro Valdez, cujos gastos foram assumidos pela Exxon;
- O caso da Petrobras na década de 80, no qual a região de Cubatão, no interior do Estado de São Paulo, foi seriamente afetada pelo vazamento de óleo que culminou com a explosão de várias moradias;
- Em janeiro de 2000, o vazamento nas instalações da mesma empresa que provocou o derramamento de milhares de litros do óleo no mar na Baía de Guanabara, causando a morte de várias espécies de aves e peixes, além de afetar seriamente as populações locais que viviam da atividade pesqueira.
Mas nem sempre os passivos ambientais têm origens negativas. Algumas vezes, são originados de atitudes ambientalmente responsáveis, como a aquisição de máquinas, equipamentos, instalações para o aprimoramento de um sistema de manutenção ambiental.
Fonte: Sage
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