segunda-feira, 19 de outubro de 2015

19/10 Análise dos Fatores de Resistência Envolvidos no Processo de Mudança no Sistema de Contabilidade Gerencial

Mesmo frente a mudanças ambientais e ao desenvolvimento de novas práticas de contabilidade gerencial, pesquisas mostram que os sistemas de contabilidade gerencial não mudam ou mudam a uma taxa muito inferior ao esperado. A estabilidade nos sistemas de contabilidade gerencial utilizados pelas empresas pode estar relacionada a fatores de resistência envolvidos no processo de mudança nos sistemas de contabilidade gerencial. Esta pesquisa possui por objetivo analisar os fatores de resistência, presentes no processo de implementação de um sistema integrado de gestão, sob a ótica da teoria institucional, na vertente da velha economia institucional. Quanto ao delineamento metodológico, a pesquisa foi classificada como qualitativa em relação ao problema, descritiva quanto ao objetivo, e operacionalizada pelo procedimento de estudos de caso. Os dados foram coletados utilizando a técnica da entrevista semiestruturada e analisados pela técnica de análise de conteúdo. Duas empresas foram selecionadas para a pesquisa, por apresentarem características distintas. Foram analisados sete fatores de resistência, na implementação de sistemas integrados de gestão, que são: poder institucional, insegurança ontológica, confiança, inércia, falta de conhecimento, aceitação de rotinas e decoupling. Entre os sete fatores de resistência, apenas o fator poder hierárquico não obteve evidências que pudessem caracterizá-lo. Os achados da pesquisa mostram que o processo de mudança no sistema de contabilidade gerencial, por meio da implementação de um sistema integrado de gestão, enfrenta um conjunto particular de pressões por resistências internas nas organizações, cada qual com sua intensidade, presentes de forma permanente nas empresas, tais como insegurança ontológica, confiança, inércia, falta de conhecimento, aceitação de rotinas e decoupling. Os fatores de resistência são despertados no início do processo de mudança e, caso reúnam força suficiente, podem interromper o processo de mudança.

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por Rodrigo Angonese, Carlos Eduardo Facin Lavarda


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