A partir de 2005, as entidades com valores admitidos à negociação nos mercados regulamentados da União Europeia (UE) passaram a apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas segundo as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) adotadas pela UE. Em resultado desta alteração, surgiram novas regras de reconhecimento e mensuração do goodwill pelo que tem sido desenvolvido diversos estudos que procuram avaliar a seu impacto nos resultados e os comportamentos na preparação da informação financeira por parte das empresas. A presente investigação pretende aferir de que forma é efetuado o reconhecimento e como é divulgado o goodwill. Para atingir tal fim analisámos uma amostra de empresas cotadas na Euronext Lisbon, onde identificámos os ajustamentos efetuados, avaliámos a realização de testes de imparidade, por forma a averiguar se os mesmos tinham impacto nos resultados. Concluímos que existem falhas por parte das empresas no tratamento do goodwill e que ao longo do período em estudo poucas foram as empresas que evoluíram significativamente. O reconhecimento de perdas por imparidade nos testes realizados, nem sempre refletem na redução do resultado líquido.
por Patrícia Cavalinhos - Mestrado em Contabilidade e Finanças pelo Instituto Politécnico de Setúbal Técnica Oficial de Contas
Francisco Carreira - Doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Autónoma de Madrid - España Professor e Coordenador com Agregação no Instituto Politécnico de Setúbal
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