As questões relativas ao meio ambiente e à sustentabilidade têm motivado interesses da comunidade acadêmica e das organizações. O modelo de sociedade atual é permeado pela produção e consumo excessivos, o que vem agravando a relação do homem com a natureza. É um fato que a sociedade, para sua subsistência, necessita da fabricação de produtos e execução de serviços, porém, sabe-se também que fabricar produtos e prover serviços impactam o meio ambiente. O impacto é diferenciado conforme a atividade que é desenvolvida. No Brasil, a Lei nº 10.165/2000 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e classifica as empresas segundo o impacto ambiental que causam. Esta pesquisa analisou o disclosure voluntário das informações financeiras ambientais em empresas brasileiras, classificadas em setores com diferentes impactos ambientais. Para tanto, foi investigada as Demonstrações Financeiras Padronizadas das empresas que compõem o índice IBRX-50, carteira de maio a agosto de 2014, nos anos de 2011, 2012 e 2013. A métrica classificou as informações financeiras ambientais, distribuindo os dados em 7 categorias e 30 subcategorias. A categoria mais evidenciada é a de investimentos ambientais, com 58% das informações divulgadas. O maior valor monetário apresentado foi na categoria de passivos e contingências ambientais, com R$259,84 bilhões. Os resultados demonstram que há diferença no disclosure de informações financeiras ambientais se comparados à quantidade de sentenças divulgadas com o número de subcategorias evidenciadas. O teste não paramétrico e a análise de conteúdo mostraram que, nos anos analisados, as empresas com alto impacto ambiental divulgam mais informações financeiras ambientais.
Janaina da Silva Ferreira - Mestranda em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Contato: Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima. Departamento de Ciências Contábeis.
Suliani Rover -Doutora em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP) e Professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Contato: Universidade Federal de Santa Catariana, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima. Departamento de Ciências Contábeis.
Denize Demarche Minatti Ferreira - Doutora em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catariana (UFSC) e Professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Contato: Universidade Federal de Santa Catariana, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima. Departamento de Ciências Contábeis.
José Alonso Borba - Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP) e Coordenador do PPGC do CSE da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Contato: Universidade Federal de Santa Catariana, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima. Departamento de Ciências Contábeis.
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