É comum, no momento de empreender um negócio, a pessoa admitir a possibilidade de contar com uma parceria, ou seja, com um sócio. Porém, é preciso cautela para avaliar as questões envolvidas na implantação de uma empresa e saber se é interessante fazê-lo sozinho ou em conjunto com outrem, pois não se descartar que essa conjugação de esforços possa eventualmente terminar em conflitos de naturezas diversas.
Os problemas surgem em decorrência das personalidades peculiares a cada indivíduo e potenciais sócios. Dessa forma, podem ser listadas as dificuldades de comunicação ou de falar a mesma linguagem, os desejos egoístas das partes, as diferenças desproporcionais de capacidade ou de visão empresarial e/ou de mercado, entre outros casos. No entanto, é importante ressaltar que qualquer sociedade não significa exclusivamente divisão de poder e lucro, mas traduz também de repartição de trabalho e de responsabilidades.
Além disso, a escolha estratégica da localização e do espaço físico, principalmente para empresas que pretendam trabalhar com venda direta de produtos e/ou prestação de serviços, também é um ponto crucial, que impactará no sucesso. E, para que tudo aconteça, deve haver recursos financeiros, sobretudo próprios, para implantar e levar adiante as primeiras etapas do negócio.
A partir daí, é possível constatar que ter um ou mais sócios só deve acontecer se houver maturidade e afinidade entre as pessoas envolvidas na sociedade. Caso contrário, é recomendável que, em um primeiro momento, a pessoa empreenda sozinha e somente procure parceiros em médio ou longo prazo (entre um a cinco anos).
Finalmente, mas não menos importante, deve-se destacar também ser necessário estar preparado para cumprir uma série de trâmites legais, tanto para abrir quanto para a eventualidade de fechar uma empresa. A registrar que, atualmente, no Brasil, ainda é mais fácil legalmente iniciar do que encerrar as atividades de qualquer negócio.
GILSON DE LIMA GARÓFALO
é Economista, Doutor e Livre Docente em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Economia pela Universidade Vanderbilt (Tennessee – Est ados Unidos). Pós-Doutorado na Universidade de Boston (EUA) e no Centro Internacional de Aperfeiçoamento Técnico e Profissional da Organização Internacional do Trabalho (Turim – Itália). Professor Associado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP).
Fonte: Gennegociosegestao.com.br/
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