As auditorias internas podem não estar entregando resultados que não estão necessariamente de acordo com o que as organizações esperam. Essa é a principal conclusão do estudo “A busca de valor por meio da auditoria interna” realizado pela KPMG com empresas do mundo todo, inclusive do Brasil. As constatações da pesquisa chamam a atenção para uma discrepância de valor entre o que os presidentes dos comitês de auditoria e os diretores financeiros identificam como prioridades e o que eles estão recebendo da área de auditoria interna.
“A pesquisa reflete uma necessidade de mudança no perfil do auditor interno imposta pela reformulação na forma como as organizações estão fazendo gestão e operando no mercado e também pelo ambiente regulatório, pelos riscos emergentes e desafios tecnológicos. Uma realidade das companhias globais e inclusive brasileiras, onde algumas empresas ainda não estão endereçando esses desafios. Dessa forma, ele precisa acompanhar o modelo de negócio em constante mudança”, explica o sócio da KPMG, Sandro Silva.
O estudo identificou também as cinco principais habilidades necessárias para os profissionais de auditoria interna: comunicação (67%), habilidades tecnológicas (62%), pensamento e julgamento crítico (52%), entendimento dos mercados globais (48%) e entendimento de análise de dados (39%). Questionados sobre o quanto importantes são os itens entregues, os entrevistados apontaram a realização de auditorias eficazes e eficientes como o principal deles (71%). Na sequência, eles elegeram o impacto mensurável (63%), qualidade dos relatórios de auditoria interna (52%), comprometimento/excelência técnica/qualidade (44%), profissionais com as qualificações adequadas (41%), padrões claros/ferramentas robustas (35%).
“O perfil do auditor interno mudou e ele tem o desafio de expandir o nível de atuação e enxergar coisas que não tinham que se preocupar no passado. Antes, ele tinha uma visão mais restrita aos negócios, mas hoje precisa ser mais abrangente voltada para o negócio como um todo. Exige-se um posicionamento mais estratégico que dê apoio ao conselho de administração e ao comitê de auditoria, como preconizado nas boas práticas de governança corporativa, e que ajude na avaliação de riscos regulatórios, concorrência, tecnológico e geopolítico, controle interno e compliance. Além disso, precisa ser mais proativo, estar mais próximo para entender o que os conselheiros necessitam em termos de informação”, finaliza.
Fonte: KPMG
Via ANEFAC
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