Ainda pouco usada no Brasil, a fairness opinion começa a conquistar importância no atual cenário corporativo, tão conturbado e com tantas questões éticas sendo abordadas e trazidas a público. Traduzido como “opinião externa independente” ou “opinião sobre fidedignidade”, o conceito envolve uma avaliação extrínseca que precifique o chamado valor justo de um negócio. Trata-se de um documento objetivo, basicamente uma carta, com a percepção de um especialista sobre uma determinada transação — ele observa se ela é ou não fidedigna do ponto de vista financeiro.
A fairness opinion não entra no mérito da operação em si, não avalia se é estratégica ou oportuna; de maneira diversa, contempla uma revisão global da transação sob a ótica financeira. Ela é um passo além de um laudo de avaliação.
A vida corporativa gira em torno da criação de valor, sejam quais forem os diferentes padrões que se busque. Os acionistas sempre querem que os gestores maximizem o valor de mercado de suas respectivas corporações. A maximização sadia de valor, no entanto, não anda sozinha: ela vem acompanhada das decisões tomadas, dos investimentos e seus financiamentos e da governança corporativa que fundamenta as decisões.
por Ana Cristina França é sócia da Apsis Consultoria
Fonte: Capital Aberto
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