São muitas as alternativas de práticas de controle e Contabilidade Gerencial que as organizações podem utilizar em determinado momento de seu ciclo de vida. Diante da disponibilidade dessas alternativas, os executivos responsáveis por moldar o desenho de um sistema de controle gerencial podem se colocar diante de dúvidas sobre qual(is) prática(s) pode(m) ser mais informativa(s) para o planejamento, controle e/ou tomada de determinada decisão. Entenda:
Deveria a organização confiar em um processo formal de planejamento estratégico, definindo planos e metas de curto, médio e longo prazo, ou deveria apenas definir aonde quer chegar e fazer um acompanhamento periódico para garantir que está seguindo o caminho desejado?
Deveria a organização adotar um processo orçamentário rígido, não aceitando desvios de qualquer natureza, ou adotar um processo orçamentário mais flexível, aceitando desvios justificáveis, ou simplesmente abolir o orçamento e realizar acompanhamentos periódicos dos resultados?
Deveria a organização monitorar o desempenho apenas em termos financeiros ou deveria também considerar as implicações não financeiras dos resultados? Deveria a organização vincular remuneração a níveis de desempenho ou deveria recompensar os gestores apenas por meio de remuneração fixa? São muitas questões em relação ao controle gerencial e respostas a essas perguntas raramente ocorrem de maneira independente.
Ideia prática fit
A escolha em adotar um processo formal de planejamento pode resultar em uma preferência por adotar um processo orçamentário, mais ou menos rígido, uma maior confiança colocada em medidas contábil-financeiras para monitorar o desempenho e o uso de remuneração variável, tendo por base o alcance de metas orçamentárias.
A natureza dessas escolhas sobre quais práticas utilizar denotam uma ideia de fit, ou encaixe, em que uma prática dá suporte a outra de maneira que o conjunto de práticas contribua positivamente para o sucesso do empreendimento.
Aspectos motivacionais da contabilidade gerencial
Um componente adicional desse processo é reconhecer que a escolha das práticas de controle e Contabilidade Gerencial deve considerar não apenas a sua capacidade informacional para o processo de planejamento, controle e tomada de decisão, ou, ainda, apenas a sua inter-relação com as demais práticas existentes. É preciso reconhecer adicionalmente o papel motivacional que essas práticas podem exercer sobre aqueles que a utilizam, tanto em termos de seus benefícios, ao motivar os gestores a se empenhar mais no alcance dos objetivos organizacionais, quanto em termos de seus malefícios, ao incentivá-los a realizar ações cujos benefícios para a organização não são evidentes ou podem mesmo ser desfavoráveis.
Por fim, é importante considerar o uso que os gestores farão de determinada prática de controle gerencial. Uma prática pode ser utilizada com o propósito de monitorar desempenho e garantir o alcance de metas organizacionais definidas no processo de planejamento.
Essa mesma prática pode também ser utilizada para lidar com incertezas e facilitar a comunicação ao longo da hierarquia organizacional. Além disso, essas práticas podem ser utilizadas apenas para favorecer interesses próprios dos gestores.
Em síntese, dependendo de como sejam utilizadas, as práticas de controle e Contabilidade Gerencial podem aumentar ou diminuir a probabilidade de alcance dos objetivos organizacionais.
Fonte: Gennegociosegestao.com.br/
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