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Depois do resultado surpreendente da inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em maio,os analistas consultados pelo Banco Central para o Relatório de Mercado Focus elevaram suas previsões para o indicador em praticamente todos os prazos. O resultado do IPCA acumulado em 12 meses até maio foi de 8,47%.
Assim, a estimativa dos analistas para a inflação deste ano avançou de 8,46% da semana anterior para 8,79% agora. Era de 8,31% há um mês.
Para junho, a projeção foi elevada 0,40% para 0,55% ante 0,32% um mês atrás. Já para julho, a estimativa apresentada no Focus passou de 0,32% para 0,35% de uma semana para outra - ante 0,27% de quatro edições atrás.
Para o fim de 2016, a estimativa para o IPCA se mantém inalterada há quatro semanas consecutivas em 5,50%.
Já o grupo dos economistas que mais acertam as projeções - o Top 5 - prevê elevação de 8,90% para o IPCA deste ano.
Segundo o Focus, os preços administrados continuarão prejudicando a inflação do ano. Para esse grupo de preços, os analistas elevaram as estimativas de aumento de 13,94% para 14% neste ano. Há um mês, a expectativa de aumento para esse conjunto de itens estava em 13,50%.
Para 2016, a expectativa dos analistas do Focus avançou de 5,80%, na semana passada, para 5,84% nesta semana. Há um mês estava em 5,71%.
Segundo a mais recente ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, esse conjunto de itens apresentará elevação de 12,7% este ano, e não mais de 11,8% como constava na edição anterior.
No documento de março, a estimativa era de 10,7%. Para 2016, o comitê mantém em 5,3% a alta de preços administrados.
A ata divulgada na quinta-feira (11/06) revela que, para estimar a elevação dos administrados, o BC considerou uma alta de 41% na tarifa de energia elétrica este ano. Na edição de maio, a previsão era de 38,3%.
No caso da telefonia fixa, a autoridade monetária prevê agora uma queda de 4,4% ante baixa de 4,1% da ata anterior. O Comitê também levou em conta a hipótese de elevação de 9,1% do preço da gasolina (antes estava em 9,8%) e de alta de 3% do preço do botijão de gás, substituindo uma previsão de aumento de 1,9% na ata anterior.
JUROS ALTOS E PIB EM QUEDA
Mesmo com a manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,50 ponto percentual pelo Copom, o mercado financeiro manteve suas estimativas para quase todas as variáveis que englobam a Selic no relatório do BC.
Foi mantida, por exemplo, a expectativa de que a taxa básica de juros avançará para 14% ao ano no final de 2015.
A taxa média para este ano ficou inalterada em 13,50% ao ano. Quatro semanas antes, essa taxa média estava em 13,22% ao ano.
No fim de 2016, a projeção permaneceu em 12% ao ano pela terceira semana seguida. Há quatro edições do boletim Focus, estava em 11,75% ao ano.
O grupo Top 5 manteve as projeções de que a Selic encerrará 2015 em 13,75%. Para 2016, a estimativa é de 11,50%.
Com os juros nas alturas, os analistas continuam a revisar o tamanho da queda do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país).
A expectativa é de queda de 1,35% do PIB neste ano. Na semana passada, a estimativa era de um recuo de 1,30% e, há quatro semanas, de 1,20%.
Para 2016, a expectativa é de um incremento de 0,90% do PIB. Trata-se de um recuo, já que por oito semanas seguidas os analistas projetaram um crescimento de 1% para o PIB no próximo ano.
Fonte: Diário do Comércio
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