Em todos os movimentos existem os bons e os maus e não é justo que sejam colocados todos no mesmo cesto. Neste artigo homenageio àqueles que empenham-se pela valorização da classe empresarial contábil.
Há muitos anos acompanho o trabalho realizado pelos sindicatos e associações dos contabilistas do Brasil e já chamei a atenção, em um artigo, daqueles que se “empoleiram nas cadeiras” sem produzir qualquer coisa de útil, mas hoje quero enaltecer o outro lado, o lado daquelas pessoas que são a grande maioria e tem realizado magnífico trabalho pela valorização da classe que dignamente representam.
Todos sabem da luta para compor a diretoria, pois poucos sentem-se capacitados ou disponíveis para dedicar algumas horas da semana em favor de seus colegas. Mas depois é significativa a parcela dos que reclamam. Claro que os associados podem e devem criticar o trabalho dos abnegados líderes voluntários, mas juntamente com as críticas (construtivas) também devem apresentar propostas para os problemas levantados.
Outro ponto a ser destacado é que diversos julgamentos vêm de pessoas não associadas. Filiar-se a uma organização que luta para defender a classe e proporcionam condições de trabalho mais digna deveria ser uma exigência de todos e não a súplica dos líderes. Sabemos que normalmente associam-se menos de 10% da classe, e isto é muito pouco.
Em qualquer roda de empresários contábeis, independente se é formada de pequenas ou grandes empresas, facilmente conclui-se que a principal missão da entidade patronal é criar condições para que o trabalho seja mais valorizado. Dizem ainda que os concorrentes prostituem os honorários, fazendo com que seja impossível executar bons serviços com o valor proposto pelo mercado.
Ouvindo essas observações os líderes das associações fazem a leitura perfeita: oferecem treinamentos para os contabilistas serem melhores gestores. Assim disponibilizam treinamentos como: marketing contábil, precificação dos serviços e formação de consultores.
A expectativa é de encerrar as inscrições logo nos primeiros dias do lançamento do curso, como acontece com os treinamentos para conhecer as mudanças nos Sped’s, alterações do Simples Nacional ou do Imposto de Renda. Mas para a surpresa de todos ficam lugares vazios na plateia. Os pequenos empresários contábeis e mais especialmente os novos, muitas vezes ainda não sabem gerir o seu negócio e por este motivo praticam preços deploráveis e trabalham com um “burro”, percebe-se a ausência.
Caros lideres, a luta é grande e somente pessoas bem determinadas atingem seus objetivos e portanto deixam uma marca na história da entidade que nunca será apagada. Certamente que os associados conseguem distinguir o joio do trigo, ou seja, reconhecer os bons lideres.
por Gilmar Duarte da Silva é contador, diretor do Grupo Dygran, palestrante, autor do livro “Honorários Contábeis” e membro da Copsec do Sescap/PR.
Fonte: Guia Contábil
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