A gestão financeira envolve um conjunto de procedimentos que fazem parte do controle das finanças de uma empresa. Se você ainda tem dúvidas de por que o planejamento financeiro é tão importante, experimente olhar as contas de uma empresa que faliu.
Por que fazer um planejamento financeiro?
Simples: fazer um controle adequado e assertivo dos lucros e despesas é uma das tarefas mais importantes na hora de fazer isso acontecer. Através do planejamento financeiro é possível identificar quais recursos estão disponíveis e obter uma base sólida para a tomada de decisão com relação a investimentos e projetos. Logo, ele é essencial para manter as finanças da empresa em dia!
Um exemplo prático e comum da falta de planejamento é quando o empresário decide investir na compra de máquinas e equipamentos, sem antes consultar como anda o recebimento das contas da empresa. O investimento foi feito através da identificação da necessidade, mas a garantia do pagamento desse investimento não foi verificada através da disponibilidade de verba para isso.
Invariavelmente, decisões tomadas sem o devido planejamento resultam em cenários ruins. Por mais que a empresa não perca dinheiro nessas transações, é possível que ela deixe de ganhar, o que igualmente impacta de forma negativa nas finanças em médio e longo prazo. É como se a empresa fosse sendo minada mês a mês, até que se veja diante de um cenário catastrófico.
O papel do planejamento financeiro
O controle financeiro permite identificar, através de registros, quais são as entradas e saídas. Com isso, é possível elaborar demonstrativos financeiros, que geram indicadores e relatórios muito importantes no processo de tomada de decisões.
Entre as principais funções e resultados da análise financeira, podemos citar:
- Organização dos registros e conferência dos documentos, bem como o seu controle;
- Análise dos resultados financeiros oferecendo base para estabelecer planos de ação voltados para melhorias;
- Análise, negociação, captação de recursos e aplicação dos recursos financeiros;
- Análise e controle de concessão de crédito para clientes;
- Controle de caixa através de controle de recebimentos e pagamentos.
Quais os riscos de não efetuar um planejamento?
A ausência de um controle financeiro podem causar alguns problemas, entre eles:
- Não conseguir calcular o preço de venda corretamente, devido ao fato de não ter conhecimento sobre os custos e despesas;
- Não conseguir determinar se a empresa está dando lucro ou prejuízo, uma vez que não há demonstrativo de resultados, ou ele é mal elaborado;
- Não ter controle sobre os recebimentos, por falta de controle do movimento de caixa;
- Não possuir um registro adequado de todas as transações, o que impede saber com exatidão qual é o valor dos estoques, não ter controle sobre as contas a receber e a pagar, não saber quais são as despesas fixas e financeiras;
- Não conseguir administrar o capital de giro, por falta de controle e conhecimento do ciclo financeiro de cada operação;
- Não saber o valor patrimonial da empresa, porque não é elaborado o balanço patrimonial;
- Não ter controle sobre a retirada de pró-labore entre os sócios.
É comum que, quando um empreendedor abre o seu negócio (por mais organizado que ele seja), o controle financeiro seja feito de maneira informal. No entanto, à medida que a empresa se desenvolve e se estabelece no mercado, é necessário fazer o planejamento e controle financeiro adequados e que contemplem ações de curto, médio e longo prazo.
Utilizar softwares específicos para o controle das finanças é fundamental para não se perder. Automatizar tarefas e ter acesso em tempo real a relatórios permite que você possa tomar decisões com maior embasamento e, portanto, minimize as chances de erro.
Algumas razões para cuidar das finanças
A essa altura, que cuidar do planejamento financeiro é uma decisão importante você já deve ter percebido. Entretanto, os argumentos que listaremos abaixo servirão para reforçar ainda mais essa ideia: não se gasta antes de saber quanto se ganha. E somente sabendo quanto se ganhou (ou quanto a empresa ganhará) é possível fazer investimentos com maior segurança.
1. Liberdade para tomar decisões
Nem sempre uma empresa tem condições financeiras de tomar a decisão que julga ser a melhor. A falta de capital pode fazer com que uma companhia opte por uma alternativa “meio termo”, ou seja, que reúna apenas alguns dos benefícios que poderia ter se estivesse capitalizada.
As companhias que conseguem planejar com antecedência os investimentos que pretendem fazer costumam obter melhores condições de pagamento. Assim, economizam ainda mais do que o esperado e sem comprometer o caixa.
2. Emergências não ameaçam o futuro da empresa
Quando surge uma emergência e a empresa está descapitalizada, dependendo do valor, o impacto pode ser tão grande nas finanças que a companhia pode levar meses para se recuperar, quando não acaba quebrando definitivamente. Quem antevê essas possibilidades, no mínimo enfrenta-as de maneira mais serena.
Algumas despesas devem ser consideradas sempre em médio e longo prazo. É o caso dos impostos, por exemplo, que uma hora ou outra vão incidir sobre o seu faturamento. Postergá-los não é um problema, desde que na data prevista para a quitação a sua empresa tenha condições de honrar a dívida.
3. Possibilidade de ampliar os rendimentos
Há um ditado popular no mundo das finanças que diz que “deixar de ganhar, também é perder”. Quando se trata de empresas sem planejamento financeiro, essa é a mais pura verdade. Dinheiro parado ou “a receber”, sem que seja colocado sob uma perspectiva de adiantamento, pode significar a perda de boas oportunidades.
Há muitas companhias que utilizam valores em caixa como forma de investimento e, com isso, conseguem se capitalizar ou ao menos conter as perdas da inflação de maneira bastante ágil. Sua empresa pode adotar esses métodos, mas para isso as finanças precisam estar em dia.
4. Possibilidade de reduzir custos
A quem faz um planejamento financeiro, presume-se que estão disponíveis os dados referentes aos custos operacionais da empresa durante um determinado período. A partir do momento que o gestor entende para onde esse capital está indo fica mais fácil decidir se determinado gasto é pertinente ou não.
O primeiro passo para reduzir os custos operacionais é ter o completo controle sobre ele. Muitas vezes, o problema de uma companhia não está no baixo faturamento, mas sim no alto custo direcionado para atividades e materiais que não são de tanta importância como imaginado.
5. Minimizar as chances de erro
Mesmo com um planejamento muito bem elaborado, ainda assim as empresas estão sujeitas a passar por maus momentos. O funcionamento do mercado não é uma ciência exata e está sujeito a inúmeros fatores que muitas vezes fogem do nosso controle.
Contudo, as chances de incorrer em erro diminuem de forma significativa. Isso porque, tendo diante de si múltiplas possibilidades de cenário, fica mais fácil prever quais são os mais prováveis e se preparar melhor para enfrentá-los. Quem tenta descobrir o que fazer somente quando as coisas acontecem perde um tempo preciso para resolver problemas.
Nunca é tarde para assumir o controle
O cenário ideal é iniciar uma empresa já tendo a completa ciência da importância da elaboração de um planejamento financeiro, Infelizmente, sabemos que essa não é a realidade de boa parte das empresas. A boa notícia é que começar a pensar nisso “antes tarde do que nunca” é melhor do que nada.
Pode ser que a sua empresa já tenha tomado um rumo ruim sem planejamento e será bastante complicado colocá-la de volta nos trilhos. Porém, quanto antes você começar, maiores são as chances de evitar que pequenos problemas se tornem bolas de neve ameaçadoras e engulam o seu negócio.
Sendo assim, comece pelo mais simples. Com um software de gestão financeira, faça um levantamento completo das suas entradas e saídas, se possível de meses anteriores, e coloque todas essas informações em perspectiva. Pode ser que o seu negócio esteja indo bem e você tenha uma folga.
Analise seus custos operacionais e as despesas futuras e levante as possibilidade de capital para os meses seguintes. O que você tem a receber é suficiente para cobrir tudo o que precisa ser pago? A partir daí, tudo passa a ser uma questão de controle e organização. Com as finanças em dia, sobra tempo para pensar nos passos seguintes e é o planejamento que funcionará como o seu guia nessa jornada.
Fonte: Sage
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