segunda-feira, 22 de julho de 2019

Como calcular o ponto de equilíbrio financeiro da empresa

Ampliar o faturamento de uma empresa é o sonho de todo empreendedor. No entanto, é preciso levar em consideração o custo de aumentar as receitas. Por essa razão, saber como calcular o ponto de equilíbrio financeiro de uma companhia é um item básico e que deve ser do conhecimento de qualquer empresário.

A lógica é simples: se para dobrar o seu faturamento for preciso quadruplicar os custos talvez, na prática, não seja um bom negócio perseguir essa meta dessa maneira. As ações devem ser tomadas com cautela para que não acabem mascarando uma situação capaz de complicar o caixa da empresa.

Assim, aprender o que é e como calcular o break even point de uma companhia é o primeiro passo para ajustar o seu planejamento a uma realidade satisfatória.

O que é o ponto de equilíbrio financeiro?
Utilizando uma definição do Sebrae, o ponto de equilíbrio é uma importante ferramenta de gestão financeira para identificar o volume mínimo de faturamento que uma empresa precisa ter durante um determinado período para que não gere prejuízos. Trata-se de um dos mais importantes indicadores de segurança de um negócio.

Basicamente, o ponto de equilíbrio pode ser obtido calculando-se a soma de todos os custos e despesas operacionais que uma empresa tem dentro de um período, geralmente de 30 dias. Exemplificando: se a soma mensal de todos os custos e despesas é de R$ 20 mil isso significa que a sua companhia precisa faturar no mínimo R$ 20 mil para não ter prejuízo.

Esse exemplo simples ilustra bem o ponto de equilíbrio. No entanto, há que se pensar que nenhuma empresa trabalha pensando em apenas zerar as despesas. As companhias buscam o lucro e, quanto maior for o percentual de faturamento sobre o ponto de equilíbrio, melhores são as condições da empresa em dado momento.

Como é calculado o ponto de equilíbrio?
A partir das explicações acima, você já pode deduzir qual é a fórmula do cálculo do ponto de equilíbrio. Tudo o que você precisa fazer é somar as despesas fixas e dividi-las pela margem de contribuição. Portanto, temos o seguinte:

PE = Despesas Fixas / Margem de Contribuição

Por despesas fixas compreendemos todos os custos necessários para manter a sua empresa em funcionamento no dia a dia. Portanto, adicione aqui gastos como aluguel, salários, água, luz, telefone, materiais de escritório, licenças de softwares e manutenção.

Já para obter a margem de contribuição é preciso calcular o ganho bruto sobre as vendas. Esse indicador é útil não apenas para o cálculo do ponto de equilíbrio, mas também para se obter um preço de venda mais preciso. Some os custos de produção com as despesas variáveis e acrescente sobre o resultado o valor da margem de contribuição.


Fonte da imagem: Sebrae

Quais são as principais vantagens de calcular o ponto de equilíbrio?
Em primeiro lugar, quando o negócio chega a essa marca, então você já sabe que não está perdendo dinheiro. Ainda que não esteja ganhando, conseguir pagar todas as contas é o primeiro passo para sobreviver e posteriormente gerar lucro. Portanto, trata-se de um indicador que você está no caminho certo. Porém, essa informação pode levá-lo muito além.

1. Correta precificação
Definir os preços de produtos ou serviços depende de alguns elementos, como margem de lucro desejada, situação do mercado e despesas a serem suportadas. Realizando a análise, essa precificação é mais segura e exata. Por exemplo, na percepção de que os custos são facilmente cobertos, pode ser possível reduzir minimamente o percentual de lucro desejado para ganhar competitividade entre a concorrência.

2. Percepção de lucratividade
Um erro muito comum de empresários e gestores é avaliar o sucesso pela geração de receita. Porém, não adianta muito alcançar um faturamento anual de R$ 1 milhão que resulte apenas em R$ 50 mil de lucro líquido. Em uma hipótese como essa, a falta de uma análise de break even point pode ser a causa do não reconhecimento do excesso de gastos ou da má precificação. E a consequência é a lucratividade baixa vigente.

3. Projeção de resultados
Sabendo de quantas vendas ou prestações a empresa precisa para cobrir seus custos e ter lucro, e relacionando-as com o desempenho médio ou com um projeto de crescimento elaborado, os resultados previstos tornam-se mais confiáveis. Além disso, se necessário, há tempo hábil para modificar o planejamento visando aumentar receitas ou diminuir custos.

4. Estudo de viabilidade
Tanto quem está começando a pensar em abrir uma empresa quanto quem pretende adicionar novo produto ou serviço ao empreendimento podem analisar o ponto de equilíbrio antes mesmo de ter a atividade na prática. Por que? Para que saibam previamente o quanto investirão para isso e quanto deverão gerar em negócios para pagar as contas e depois ter resultado líquido. Dessa forma, diminuem as chances de erro e as suas projeções se tornam menos arbitrárias e mais realistas.

Fonte: Sage

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