sábado, 1 de julho de 2017

O que significa MVP e para que ele serve?

Se você está iniciando um novo negócio ou está gerenciando um produto ou serviço, já deve ter se deparado com este nome e teve a dúvida sobre o que significa MVP. Afinal, por que tanto se fala dele nos dias de hoje? O MVP é uma sigla para Minimum Viable Product e significa Produto Mínimo Viável.

Quando uma empresa vai lançar um novo produto ou serviço, principalmente se for uma startup, ela precisa testar a viabilidade do seu negócio antes de executá-lo ou correr atrás de grandes investimentos.

É aí que entra o MVP, a versão mínima do produto com as funcionalidades mais básicas que vai permitir analisar se ele cumpre com os principais requisitos para o qual ele foi planejado e concebido como solucionador de um problema.

Em outras palavras, é por meio do MVP que você vai testar a usabilidade, aceitação, eficiência e comparação com produtos ou serviços existentes. Somente com a sua validação que o novo produto/serviço vai então ser acelerado com aperfeiçoamentos e mais investimento.

Quem inventou o MVP?

Embora sua prática na administração seja secular, o termo MVP foi cunhado em 2001 por Frank Robinson, CEO da californiana SyncDev, e explorado no livro “A Startup Enxuta”,  tornando-se um método de empreendedorismo muito utilizado por várias empresas nos últimos anos, sobretudo no meio digital.

O verbete ganhou o mundo depois que várias empresas com ideias disruptivas começaram a implementá-lo em serviços amplamente conhecidos como Dropbox, Groupon e Uber. Isso acontece porque o MVP pula muitas etapas do ciclo de desenvolvimento de produtos tradicional — em que há muita pesquisa e investimento em planejamento antes de iniciar um grande projeto.

É por isso que o MVP acontece geralmente no âmbito de empresas em estágio inicial, pois elas buscam realizar testes para acelerar o processo de validação de hipóteses e assim reduzir os custos com planejamentos longos que darão respostas muitos meses depois.

Quem pode usar o MVP?

Qualquer empresa ou pessoa pode usar o conceito do MVP para criar e fazer testes de produtos e serviços. Geralmente quem erra mais e rápido consegue aprender o que funciona antes e tem maior probabilidade de inovar perante os concorrentes.

O MVP é basicamente um acelerador da lógica de criar, medir, aprender e ajustar um produto ou serviço num intervalo muito curto de tempo. Esta prática permite aos seus criadores não caírem no achismo nem gastar muito dinheiro com um planejamento gigante que possui várias falhas não pré-concebidas porque demora para ser testado no mercado.

Muitas vezes uma equipe ou um empreendedor tem um insight ou um instinto de que algo diferente pode dar certo, mas não conta com os recursos nem o tempo necessário para fazer algo completo. É justamente nestes momentos que o MVP pode ser útil.

Quais são os perigos do MVP?

O principal efeito colateral negativo do MVP é a má interpretação do que deve ser considerado um Produto Mínimo Viável. Ou seja, ele não pode representar uma versão superficial de um produto ou serviço e nem ser algo inacabado.

Muitos incorrem no erro de que o MVP é algo que não está pronto. Pelo contrário, ele precisa conter o mínimo de recursos para que sua função principal funcione e o seu usuário ou cliente possa consumir ou utilizar para fornecer feedback. Obviamente, caso tenha sucesso, o intuito é melhorá-lo com o passar do tempo.

Esta prática auxilia no investimento de produtos certeiros, bem como demonstrar ganhos mínimos antes de ser escalada.

Passo a passo para definir o MVP

Reduzir tempo com planejamento não quer dizer que não há qualquer planejamento. O conceito é não usar premissas demais e nem prever N situações hipotéticas que demandam tempo para serem testadas.

Caso você não tenha em mãos um protótipo ou ideia bem concebida para criar o seu MVP, uma boa dica é criar um Canvas que responda perguntas e elenque componentes como:

  1. Segmento de clientes
  2. Canais
  3. Relacionamento com o cliente
  4. Fontes de receita
  5. Recursos
  6. Parceiros
  7. Atividades
  8. Estrutura de custos
  9. Proposta de valor

Tendo seu novo produto ou serviço definido como ideia concreta, é hora de você captar os primeiros leads que utilizará como teste-piloto no processo de validação. Hoje em dia, muitas empresas adotam a estratégia de criar landing pages para apresentar o produto ao mercado pela primeira vez e juntar emails de potenciais interessados com perfil e algumas perguntas respondidas.

A partir disso, você precisa pegar as manifestações dos primeiros potenciais clientes e formular hipóteses de teste e métricas que serão usadas para validar o seu MVP. Somente com isso que você poderá criar e executar o produto mínimo. Vale lembrar aqui que é muito importante deixar o mercado falar por si e não interpretar o que você quer ouvir. O MVP também  pode ser usado para invalidar uma ideia.

Criado o protótipo inicial? Deixe que seus primeiros clientes ou interessados forneçam feedback. Essa etapa é muito importante para verificar o potencial e entender como eles se comportam ao utilizar o seu produto e serviço. Após a avaliação, enfim, é possível escalar e lançá-lo no mercado visando aprimorar sempre que for possível.

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Lembre-se: o conhecimento adquirido ao longo do processo é mais importante que o resultado. Permita-se errar e aprender como executar os seus projetos.. Execução tem muito mais valor que uma ideia.

Fonte: Sage.

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