Divulga a meta para a Taxa Selic, a partir
de 27 de julho de 2017.
Em reunião realizada nesta data, de acordo com o Regulamento
anexo à Circular nº 3.593, de 16 de maio de 2012, o Comitê
de Política Monetária (Copom) definiu que a meta para a Taxa Selic
será de 9,25% (nove inteiros e vinte e cinco centésimos por cento) ao
ano, a partir de 27 de julho de 2017.
O Copom emitiu a seguinte nota informativa ao público:
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita
com as seguintes observações:
O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados
desde a última reunião do Copom permanece compatível com
estabilização da economia brasileira no curto prazo e recuperação
gradual. O recente aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação
de reformas e ajustes na economia impactou negativamente
índices de confiança dos agentes econômicos. No entanto, a
informação disponível sugere que o impacto dessa queda de confiança
na atividade tem sido, até o momento, limitado;
O cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em
que a atividade econômica global tem se recuperado gradualmente,
sem pressionar as condições financeiras nas economias avançadas.
Isso contribui para manter o apetite ao risco em relação a economias
emergentes. Além disso, houve arrefecimento de possíveis mudanças
de política econômica em alguns países centrais;
O comportamento da inflação permanece favorável com desinflação
difundida, inclusive nos componentes mais sensíveis ao
ciclo econômico e à política monetária. Até o momento, os efeitos de
curto prazo do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação
de reformas e ajustes na economia não se mostram inflacionários
nem desinflacionários;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus
recuaram para em torno de 3,3% para 2017 e para 4,2% para 2018 e
encontram-se em torno de 4,25% para 2019 e 4,0% para 2020; e
No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio
extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom recuaram para
em torno de 3,6% para 2017 e 4,3% para 2018. Esse cenário supõe
trajetória de juros que alcança 8,0% ao final de 2017 e mantém-se
nesse patamar até o final de 2018.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o
amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por
unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em um ponto
percentual, para 9,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência
da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante
para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de
2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.
O Copom ressalta que a extensão do ciclo de flexibilização
monetária dependerá de fatores conjunturais e das estimativas da taxa
de juros estrutural da economia brasileira. O Comitê entende que a
evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia
(principalmente das fiscais e creditícias) é importante para a queda
das estimativas da taxa de juros estrutural. Essas estimativas continuarão
a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.
O Copom ressalta que a manutenção das condições econômicas,
até este momento, a despeito do aumento de incerteza quanto
ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia,
permitiu a manutenção do ritmo de flexibilização nesta reunião. Para
a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência
das condições descritas no cenário básico do Copom e de
estimativas da extensão do ciclo. O ritmo de flexibilização continuará
dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos,
de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e
das projeções e expectativas de inflação.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê:
Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana
de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim,
Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques
e Tiago Couto Berriel."
Conforme estabelece o Comunicado nº 29.659, de 30 de
junho de 2016, o Copom voltará a se reunir, ordinariamente, em 5 de
setembro de 2017, para as apresentações técnicas e, no dia seguinte,
para deliberar sobre as diretrizes de política monetária.
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