O empresário principiante, normalmente com pouca experiência em gestão, deve buscar profissionais que o auxiliem no crescimento sólido do empreendimento.
De acordo com o presidente nacional do Sebrae, Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho, os pequenos negócios representam 20% do PIB brasileiro, ou seja, pouco mais de R$ 1 trilhão, cifra certamente expressiva para a garantia do crescimento de nossa economia.
Infelizmente, esta significativa parcela do PIB brasileiro tem alto índice de mortalidade, sendo necessário analisar os motivos que levam estas empresas ao desaparecimento precoce.
Lamentavelmente, o prejuízo causado na economia por toda esta quebradeira é desconhecido. Sempre foi possível medir a quantidade de empresas falecidas, agora é necessário conhecer os motivos e os efeitos das mortes precoces.
Na pesquisa divulgada pelo Sebrae em 2013, que toma por base as empresas constituídas no período de 2005 a 2007, constatou-se que 24,4% das empresas quebram antes de completar dois anos.
Quem acompanha os números sabe que estes melhoraram significativamente, embora o índice continue absurdamente alto, especialmente em alguns setores: indústria – 20,1%; comércio – 22,3% e serviços 27,5%.
O setor de serviços, que entre outros ramos de atividade inclui o serviço contábil, é aquele que tem o maior índice de mortalidade das empresas – 27,5%, índice que pode ultrapassar 40% de acordo com a região do país:
24,3% – Sudeste
28,2% – Sul
29,5% – Centro-oeste
37,1% – Nordeste
41,1% – Norte
O problema está levantado. A mortalidade das empresas ainda é alto e mesmo na ausência de informações concretas pode-se deduzir que muito dinheiro é jogado fora. Vão-se as economias de famílias para a constituição da empresa e depois para as dívidas contraídas, muitas vezes impagáveis. Quanto tudo isto representa?
A pergunta é: o que fazer para reduzir o índice de mortalidade das empresas, especialmente aquelas com menos de dois anos, que mal começaram a trabalhar, embora haja negócios que nem deveriam ser incentivados a existir?
Sabemos que os pequenos e novos empresários, ansiosos para que o novo negócio dê certo, seguram fortemente todas as despesas, incluindo a que deveria merecer atenção especial – o contador.
Em muitos casos, a contratação do contador prestigia o menor preço sem que uma análise real do custo x benefício.
É correto buscar o menor preço, mas dentro da qualidade necessária. Normalmente o custo deste profissional é muito baixo em relação aos gastos envolvidos no processo de produção e operacionalização da empresa.
A minha sugestão é procurar um profissional da contabilidade com experiência, não somente na apuração dos impostos, mas no auxílio da gestão da empresa, especialmente planejamento, apuração dos custos e formação do preço de venda.
Precificar com lucratividade é um dos alicerces da longevidade da empresa. Invista um pouco mais no profissional da contabilidade e aumente significativamente a possibilidade do seu negócio dar certo.
por Gilmar Duarte é contador, diretor do Grupo Dygran, palestrante, autor do livro “Honorários Contábeis” e membro da Copsec do Sescap/PR.
Atenção: O autor aceita sugestões para aprimorar o artigo, no entanto somente poderá ser publicado com as modificações se houver a prévia concordância do autor.
Fonte: Destaques Empresariais
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