terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Uma análise de operações financeiras off-balance: com ênfase nas contingências passivas de empresas listadas nos níveis de governança corporativa da BM&FBOVESPA

A busca por mecanismos que mitigam no balanço patrimonial as obrigações em detrimento aos direitos, mecanismo popularmente conhecido como “maquiagem” dos demonstrativos sempre foram temas recorrentes. Esta situação relaciona-se a gestão de riscos ocultos aos stakeholders e adequação de capital. O que remete a historicidade do gerenciamento de informações financeiras, ou seja, da busca por uma apresentação de indicadores financeiros que reflitam uma situação ótima e otimização da capacidade fiscal, fazendo com que muitas empresas adotem o uso de operações fora do balanço (off balance sheet). No cenário brasileiro, ressalta-se o estudo de Santana (2013) o qual revela que as empresas brasileiras mais internacionalizadas são mais sofisticadas que as menos internacionalizadas e consequentemente se utilizam mais de instrumentos híbridos e operações off-balance. Diante deste contexto, formulou-se o problema de pesquisa: Qual a situação das contingências passivas mediante o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 25 para empresas inseridas nos níveis de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA e seus efeitos frente a uma reconfiguração tendo em vista a Governança Corporativa destas empresas? E para responder o problema levantado, traça-se o seguinte objetivo geral, qual seja identificar e mensurar os efeitos da configuração das operações fora do balanço na situação econômica de empresas brasileiras pertencentes aos níveis de governança corporativa, N1, N2 e NM da BM&FBOVESPA. Assim, a partir da reclassificação das contingências e tendo em vista a criação de 5 (cinco) cenários: Otimista, Parcialmente Otimista, Moderado, Parcialmente Moderado, Pessimista. Procurou-se evidenciar a responsabilidade de julgamento do contador ao optar ou não em colocar tais contingências nos demonstrativos das companhias conforme a normatização do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) 25. Para a análise foram selecionadas 145 empresas listadas nos níveis de governança corporativa e coletados os dados de forma secundária de seus demonstrativos consolidados publicados no site da BM&FBOVESPA no ano de 2015. Para identificar se as alterações causadas pela reclassificação das Contingências foram representativas, foi utilizado o teste T de student em cada cenário, reclassificando as Contingências de Possível para Provável e de Remota para Provável. Concluiu-se que houve representatividade das reclassificações e evidenciou-se o prejuízo financeiro apontado para as companhias pelo incremento de passivos contingencias no balanço patrimonial em cada cenário.

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por VANDERLEIA LEAL LOSEKANN 
RICARDO CARVALHO PEREIRA
ELIETE DOS REIS LEHNHART
MAURI LEODIR LÖBLER

Fonte: CFC

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