quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Fatores dimensionais da internacionalização nas empresas com governança corporativa da BM&FBOVESPA

A internacionalização das empresas tem sido alvo de discussões a respeito dos fatores determinantes desse processo e também com relação aos mercados externos atingidos, podendo ser entendida através da integração da empresa em uma rede global e da sua participação em mercados estrangeiros. Nesse sentido, quanto mais intenso é esse processo, mais internacionalizada estará a empresa. A literatura apresenta um conjunto amplo de teorias sobre a internacionalização, sob a perspectiva econômica (a teoria de poder de mercado, a teoria da internalização, o paradigma eclético, a teoria do comércio internacional, a teoria do portfólio de investimentos e o modelo do ciclo de vida internacional do produto) e comportamental (o modelo de Uppsala, a perspectiva de networks e o empreendedorismo internacional). O presente estudo fundamenta-se na teoria da internalização, que foca em uma análise racional entre os benefícios e os custos da internacionalização, sendo subsidiada pela economia dos custos de transação. A pesquisa tem por objetivo investigar o comportamento dos distintos fatores determinísticos da internacionalização das empresas brasileiras de capital aberto de elevado padrão de governança corporativa. Adicionalmente, procurou-se conhecer os principais mercados externos atingidos – através do número de regiões, quantidade de subsidiárias no exterior e negociação de ações em outros mercados – pelas empresas participantes da amostra. Para tanto, na pesquisa descritiva, quantitativa e documental, foi utilizada como técnica estatística a análise fatorial, que foi aplicada em uma amostra de 141 empresas participantes dos Índices de Governança Corporativa da BM&FBovespa (IGC’s). Os achados apontaram para a existência de três distintos fatores determinantes de internacionalização, a saber: internacionalização das ações, internacionalização das atividades e internacionalização do capital. Esses resultados vão de encontro ao que se tem apontado pela literatura, apresentando uma perspectiva bidimensional da internacionalização (econômica e comportamental). Além disso, foi possível inferir que as empresas estudadas instalam mais subsidiárias na região da América do Sul e negociam suas ações preferencialmente na bolsa americana, por meio da emissão de ADR’s. Nesse sentido, o estudo apresenta contribuição teórica – quanto à identificação tridimensional da internacionalização – e prática – em função da categorização da internacionalização, expressando a estratégia a ser adotada pela empresa quanto à forma de ingresso nem mercados externos.

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por RÉGIS BARROSO SILVA
ALESSANDRA CARVALHO DE VASCONCELOS
RAFAEL SALES ALMENDRA
PAULO HENRIQUE NOBRE PARENTE

Fonte: CFC

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