Iniciada há cerca de três anos no Brasil, a implantação do padrão contábil global IFRS (International Financial Reporting Standards) já trouxe avanços concretos para o mundo corporativo e para o mercado, aprimorando a qualidade dos “reports”. Porém, ainda é preciso que haja maior maturação para se superar alguns “gaps” existentes, na avaliação da consultoria EY (nova marca da Ernst & Young).
“O balanço é altamente positivo. As regras contábeis já estão bem absorvidas pelas empresas de capital aberto e as demonstrações financeiras hoje apresentadas são de muito bom nível”, assinala Mauro Moreira, sócio em auditoria da EY e líder do escritório do Rio de Janeiro.
No entanto, ainda há, segundo ele, um caminho necessário a percorrer para consolidar o esforço de migração: “Estamos passando por um processo de amadurecimento. Esses primeiros anos de implementação têm sido de muito aprendizado para as empresas e para os profissionais de forma geral”.
Mais detalhadamente, pondera o entrevistado, as organizações familiares e de capital fechado estariam num patamar inferior de evolução. “Ou seja, percebe-se, pelo nível das informações divulgadas em suas demonstrações, que estas ainda exibem um ‘gap’ em relação as companhias abertas. Isso, ao meu ver, seria o aspecto no qual precisamos melhorar”, especifica ele.
Aprofundando o exame do tema, Moreira afirma que o processo de plena adaptação está sendo, como esperado, um pouco doloroso. Hoje ainda se observa um certo número de reapresentações de demonstrações financeiras, decorrente de apresentações errôneas em anos anteriores.
“Os profissionais da contabilidade têm o desafio de se qualificarem e se manterem atualizados no que se refere aos constantes novos pronunciamentos contábeis. E as organizações precisam ter seus processos e sistemas capacitados a produzir as informações necessárias”, conclui o sócio da EY.
Por Irineu Uehara
Fonte: Site Executivos e Financeiros
Via Ibracon
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