Sem informação, não há boa gestão. Sem contabilidade, não há boa informação. Todo empresário persegue metas para seu negócio, que, em geral, se resumem em maximizar o retorno do capital investido, perpetuar e agregar valor ao negócio.
Essas metas dependem de uma gestão eficiente, ou seja, de administrar bem os recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos disponíveis, para atingir os objetivos almejados. Porém, não há como tomar boas decisões sem estar munido de informações confiáveis. Caso contrário, essas decisões serão meras apostas.
Isso significa que o gestor não pode passar sem informações confiáveis para qualificar suas decisões. E essas informações são fruto da Contabilidade, cujo principal papel é justamente dar essa importante contribuição à gestão.
É preciso lembrar-se, entretanto, de que a Contabilidade é um sistema integrado de mensurações e registros organizados de fatos econômicos do cotidiano de uma empresa, que criam uma base de dados indispensável para uma boa gestão. Esse sistema, por sua vez, contempla interpretação, que depende do gestor.
Para extrair informações úteis que maximizem a qualidade das decisões do gestor, há ramos da Contabilidade que são de grande relevância. A Contabilidade Societária, por exemplo, fornece, via demonstrativos padrões, balanços patrimoniais em que se encontram os aspectos qualitativos e estruturais do patrimônio da companhia. Já com o uso do demonstrativo de resultados, o gestor pode se inteirar da performance detalhada da empresa num determinado período, e saber como esse resultado foi atingido. Munido com o demonstrativo do fluxo de caixa, o gestor identifica com clareza as fontes e a capacidade de geração de caixa, as fontes de financiamentos e o caixa gerado pelos investimentos. O Demonstrativo do Valor Agregado é informação de suma importância para a compreensão da capacidade da empresa de gerar riquezas e entender como elas são distribuídas.
Já a Contabilidade Gerencial evidencia dados da performance econômica, financeira e operacional das companhias que são de grande valia para usuários internos do negócio. Essas informações permitem conhecer a capacidade de liquidez de uma empresa, o perfil, a estruturação e a alavancagem de sua dívida, de forma que se pode acompanhar e controlar o orçamento empresarial, identificando eventuais desvios e tendo uma base confiável para as tomadas de decisão.
A Contabilidade de Custos, por sua vez, coleta e classifica os dados internos da produção e da valoração dos estoques, fornecendo informações sobre produtividade operacional, rentabilidade, otimização do mix de produção ou de vendas, além de precificação e lucratividade. Com esses dados em mãos, o gestor pode calcular a margem de contribuição dos produtos e seu ponto de equilíbrio, além de entender as características da cadeia de valores, aplicando adequadamente o custo padrão, que é uma ferramenta muito eficiente para o controle dos gastos operacionais.
Com os dados da Contabilidade Tributária, o gestor pode fazer um bom planejamento que mitigue e minimize a carga tributária, o que é essencial num país em que se emite uma nova norma tributária a cada hora e meia, norma essa que se soma a um emaranhado de 309 mil normas, num Brasil em que a carga tributária anda na casa dos 33% do PIB.
É importante ressaltar que o uso da Contabilidade no processo de gestão não é um privilegio das grandes corporações. Os empresários das pequenas e médias empresas não só podem como devem usar essa ferramenta de geração de informações, identificando sempre um bom contador para auxiliá-lo nessa tarefa essencial de gestão.
Por Geuma Nascimento
Fonte: Essência Sobre a Forma
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