A opção por esse regime de tributação deve ser feita via internet, também por meio do portal do Simples Nacional, até o último dia de janeiro. A exceção fica por conta de empreendimentos em início de atividade, que têm até 30 dias para efetuar o pedido a partir do deferimento de sua inscrição junto ao poder público.
As principais vantagens de fazer parte do Simples são a redução das alíquotas e a unificação da cobrança dos tributos federais, estaduais e municipal. Além disso, há a simplificação no recolhimento dos impostos através do Documento Único de Arrecadação (DAS), que engloba: Imposto de Renda Pessoa Jurídica, IPI, ICMS, ISS, Contribuição Patronal Previdenciária, Contribuição sobre o Lucro Líquido, PIS, Pasep e o Financiamento da Seguridade Social.
Porém, Jaime Junior Silva Cardozo, presidente do sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina (Sescap), alerta que nem sempre é vantajoso para a empresa aderir ao Simples. "O empresário deve consultar seu contador ou empresa de contabilidade responsável por sua contabilidade, para analisar vantagens e desvantagens desta opção, pois o Simples Nacional tem uma tabela progressiva, ou seja, quanto mais a empresa faturar, maior será a sua alíquota. Portanto, antes de optar, é importantíssimo fazer um planejamento tributário, pois caso a empresa tenha um faturamento elevado e uma quantidade pequena de empregados, por exemplo, talvez seja mais vantajoso outra modalidade de tributação", explica.
Outro ponto observado pelo representante do Sescap faz referência à carta de clientes da empresa interessada em aderir ao programa. "Outra situação complicada é quando a empresa é optante pelo Simples Nacional e a maioria de seus clientes não. Neste caso, a transferência de crédito de ICMS pode ser tão pequena, levando à perda de diversos clientes", orienta.
Uma boa notícia para os optantes do Simples, é que levantamento realizado pelo Ministério do Planejamento revela que as compras governamentais movimentaram
R$ 25,5 bilhões na aquisição de bens e serviços no primeiro semestre de 2013, dos quais R$ 6,6 bilhões (26%) de micros e pequenas empresas. No período, 30% desses negócios participaram de licitações federais, municipais e estaduais, índice 50% superior ao registrado nos primeiros seis meses de 2012. "O ano de 2014 reserva boas oportunidades para micros e pequenas empresas que desejam participar de licitações", informa o presidente do Sescap.
Apesar de o Simples Nacional ter sido idealizado de uma forma que atendesse a todos os segmentos, o governo restringiu as áreas de atividades. "O governo federal ainda discrimina alguns setores da economia, impedindo-os de aderirem ao benefício do sistema, entre eles os representantes comerciais, fisioterapeutas, médicos, corretores de imóveis. Neste sentido o Sistema Sescap/Fenacon, vem trabalhando forte em Brasília, para aprovação de dois projetos de lei, um que permitiria a adesão de todas as empresas, sem discriminar atividade, e outro que reajustaria a tabela do Simples Nacional que encontra-se há 3 anos sem mudança, causando o que costumo chamar de aumento inflacionário da carga tributária", finaliza Cardozo.
Fonte: Sindicato das Empresas de Consultoria, Assessoria, Perícias e Contabilidade de Londrina - Sescap-Ldr
Via Folha Web
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