sábado, 20 de abril de 2013

20/04 Fazenda pretende propor reforma de PIS/Cofins em 2014


O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (18) que a pasta pretende enviar neste ano para o Congresso o projeto de reforma do PIS e da Cofins, para que um novo regime de tributação entre em vigor em 2014.

"Não é uma reforma pontual, voltada para pneus e soja. É uma reforma geral, e a intenção é que todas as compras de insumos gerem créditos tributários", disse Barbosa. "[A reforma] simplificará a administração dessa tributação e também representará uma desoneração, principalmente da indústria, que é o setor que mais gera crédito."



Ele deu as declarações em São Paulo, após participar de reunião com representantes da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos). Ele não comentou o que foi discutido no encontro, apenas disse que o setor é estratégico e foi conversar sobre ações do governo com a entidade.

Barbosa também disse que o aumento da taxa básica de juros da economia brasileira --a Selic-- não vai prejudicar os investimentos no país e que a aceleração do crescimento econômico é compatível com o controle da inflação.

"A taxa de juros é administrada conjunturalmente. Não é 0,25 ponto percentual a mais ou a menos que muda a perspectiva de longo prazo", disse Barbosa.

Sem entrar em detalhes, ele afirmou que há sinais que indicam o aquecimento da economia do país. "Há fundamentos de recuperação no longo prazo que vão garantir o crescimento de 3,5% neste ano."

O ministro interino reiterou que a inflação voltará o centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5% ao ano. "A política econômica do Brasil tem estratégia, está no rumo certo, a inflação vai voltar ao centro da meta."

Para ele, o governo trabalha em algumas frentes para combater a alta dos preços. "Estamos trabalhando para aumentar a competitividade e a produtividade do país, no longo [prazo] é isso que segura a inflação", disse. "A aceleração para o crescimento prevista para este ano é perfeitamente compatível com o retorno da inflação à meta."

Barbosa, no entanto, não quis se estender nos comentários sobre política monetária. "Não cabe ao Ministério da Fazenda falar sobre juros, vamos esperar a ata do Copom."

DO VALOR
Via Folha de S. Paulo


Nenhum comentário:

Postar um comentário