A falta de planejamento e
informações do mercado é a principal causa do desaparecimento das micro e
pequenas empresas (MPEs ) brasileiras, de acordo com o novo estudo
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT),
ontem.
Cerca de 42% das falências de micro e pequenas empresas são causadas
pela falta de planejamento e informações do mercado. O problema é
acompanhado pela complexidade tributária e burocracias de um negócio,
16,51%, dificuldade no acesso a crédito financeiro e a investimentos,
para 14,43%, tecnologias de gestão complexas e de alto custo, 11,76%,
brigas familiares ou de sócios, 6,65%, e falência, responsável pelo fim
de 4,27% das empresas do País.
Tais problemas têm maior probabilidade de por fim aos negócios no
primeiro ano de vida, afirmou a pesquisa. Isso porque o maior índice de
mortalidade acontece no primeiro ano de funcionamento das empresas, com
um percentual de 15,41%.
Outros dados do estudo revelam que, entre um e cinco anos de vida de
empresas de todos os portes, 41,86% dos empreendimentos desaparecem e,
até 14 anos de vida, mais de 75% das empresas encerram suas atividades.
Analisando somente as micro e pequenas empresas, este índice de
desaparecimento é maior. No primeiro ano de vida, 16,32% das empresas
encerram as suas atividades. Entre um e cinco anos de vida, 44,95% dos
empreendimentos desaparecem e até 20 anos de existência mais de 87% das
empresas deste tipo encerram suas atividades.
De acordo com o estudo, a principal causa do não crescimento das
empresas menores é o sistema tributário brasileiro. O estudo constatou
que a maioria das MPEs prefere permanecer espontaneamente no Simples
Nacional, para continuarem usufruindo do sistema, mesmo que isso
signifique estagnação. Aquelas que saem do sistema, 62,03% tornam-se
inadimplentes nos dois anos seguintes.
"Assim, há um completo desestímulo para que as micro e pequenas
empresas cresçam e migrem para um outro regime tributário, em virtude da
brutal elevação do custo", informou o estudo.
Fonte: DCI
Via Fenacon
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