Este artigo tem por objetivo avaliar os efeitos das componentes da volatilidade agregada de mercado - volatilidade média e correlação média - no apreçamento de portfólios ordenados por volatilidade idiossincrática, utilizando-se dados brasileiros. O estudo investiga se portfólios com altas e baixas volatilidades idiossincráticas - em relação ao modelo de Fama e French (1996) - têm diferentes exposições às inovações na volatilidade média do mercado e, consequentemente, diferentes expectativas de retorno. Os resultados estão em linha com os encontrados para dados norte-americanos, embora retratando a realidade brasileira. A decomposição da volatilidade permite que a componente volatilidade média, sem a perturbação gerada pela componente correlação média, possa precificar melhor os efeitos da piora ou da melhora do cenário de investimentos. Esse resultado também é idêntico ao encontrado para dados norte-americanos. A variância média deveria, então, comandar um prêmio de risco. Para dados norte-americanos, esse prêmio é negativo. O principal motivo citado em Chen e Petkova (2012) para esse sinal negativo é o alto grau de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento registrado pelas empresas com alto nível de volatilidade idiossincrática. Como no Brasil esse tipo de investimento é sensivelmente inferior aos níveis norte-americanos, esperava-se encontrar um resultado com sinal inverso, o que de fato ocorreu.
por André Luís Leite - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Centro de Ciências Sociais, Departamento de Administração, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Antonio Carlos Figueiredo Pinto - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Centro de Ciências Sociais, Departamento de Administração, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Marcelo Cabus Klotzle - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Centro de Ciências Sociais, Departamento de Administração, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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