Contadores e auditores vêm descobrindo um novo aliado quando o objetivo é buscar proteção a possíveis falhas profissionais cometidas contra terceiros.
Trata-se da possibilidade de contratar uma apólice conhecida no mercado de seguros de Responsabilidade Civil Profissional como E&O (erros e omissões, na sigla em Inglês). Bastante tradicional no exterior, a modalidade, que garante a cobertura de danos causados por imprudência, imperícia ou negligência na prestação de serviços, vem ganhando corpo no País.
Oportunidades
Se para os contabilistas contar com um seguro desse tipo é uma forma de blindar o patrimônio e evitar prejuízos, para as seguradoras virou uma ótima oportunidade de negócios.
É o caso da Argo Protector Corretores de Seguros, cujo foco é vender apólices pela internet para cerca de 80 mil escritórios de contabilidade de pequeno porte espalhados pelo Brasil.
“Estimamos que menos de 10% deles já contêm com seguro de responsabilidade civil profissional”, diz Roberto Uhl, Gerente de Linhas Profissionais da companhia.
O especialista afirma que diversos motivos levam os profissionais contábeis a procurar a proteção de um seguro.
“O grau de informatização e a velocidade dos processos de entrega e transmissão de dados e informações é muito grande, o que faz com que os erros sejam corriqueiros nessa atividade”, diz. “Além disso, há um volume grande de obrigações acessórias e um sistema tributário muito complexo.”
Lei anticorrupção
Profissionais ouvidos por Dedução afirmam que a Lei Anticorrupção (ver mais na entrevista pingue-pongue) tem impulsionado o crescimento de outra linha de seguro de Responsabilidade Civil – a que engloba apólices de executivos, diretores e conselheiros de administração, conhecida como D&O (Directors and Officers).
“A próxima fase da Operação Lava-Jato, por exemplo, já começou a movimentar esse mercado. Diretores de empresas estão acionando advogados e seguradoras, pois, se forem citados, podem ter de usar as apólices para pagar os custos de uma possível defesa”, exemplifica David Brito, diretor da corretora Brasil Insurance.
Por Luciano Feltrin
Fonte: Revista Dedução
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