terça-feira, 9 de maio de 2017

Como o Magazine Luiza conseguiu sair da crise com um aumento de 1014% no lucro líquido?

O futuro do varejo é digital? Há quem diga que não. E o relatório entregue pela Magazine Luiza à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (4) reforça essa posição e mostra que, de fato, não é o futuro do setor que será digital. O presente já é. 

Entre 2015 e 2016, o Magazine Luiza experienciou um momento conturbado, como a maioria das empresas do Brasil, devido à crise que, entre outras coisas, diminuiu o poder de compra dos consumidores e impactou com muita força todo o segmento varejista.

Agora em 2017, o primeiro trimestre mostra um início de reerguimento da economia, mas nem todo mundo conseguiu se levantar ainda. O Magazine Luiza, porém, dá sinais de que fez o dever de casa e saltou na frente. Seus números entregues à CVM, referentes aos três primeiros meses do ano, sugerem que houve redução de custos e aumento de receitas. 

O faturamento total cresceu 23%, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, atingindo R$ 3,35 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi 61% maior do que o do mesmo período em 2016, acumulando R$ 232 milhões. E o lucro líquido aumentou de R$ 5 milhões para R$ 59 milhões (1.014%).

Mas os números que mais chamam atenção são estes: 

- 56,2% de crescimento nas vendas online, frente a um crescimento de "apenas" 12% nas lojas físicas;

- Hoje as vendas online já respondem por 28,4% de todo o negócio (o que é muito, considerando que o Magazine Luiza é uma das maiores redes de lojas físicas do país, com 683 unidades tradicionais espalhadas em todo o território).

Investimentos pesados em tecnologia

No primeiro trimestre deste ano, a companhia anunciou a compra da startup Integra Commerce, com sede em Itajubá, Minas Gerais. Com isso, o Luiza Labs (laboratório de inovação do Magazine Luiza) ganhou um novo polo de desenvolvimento: o Labs Itajubá, formado pelos profissionais de desenvolvimento que faziam parte da Integra.

No mesmo período, 52% dos investimentos realizados pelo Magazine Luiza foram em tecnologia. O total aportado na área foi 61% maior do que o valor aplicado no mesmo período do ano passado, o que mostra o esforço da empresa para continuar a inovar.

A B2W (Submarino, Shoptime e Americanas.com) e a Cnova (Extra.com.br, Pontofrio.com e CasasBahia.com.br) que se cuidem, que Luiza não está para brincadeira.

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