Duas partes aceitam trocar um ativo ou liquidar um passivo. Elas não
possuem uma ligação entre si, não vão se beneficiar, e têm como
referência um mercado ativo para fazer essa transação. Além disso, nesse
mercado ocorrem negociações com ativos ou passivos semelhantes.
Geralmente o valor justo é usado para marcas, ativos intangíveis,
ativos biológicos, instrumentos financeiros como derivativos e ativos
não circulantes mantidos para venda.
Esse seria o melhor dos mundos em termos de valor justo, que é a
expressão designada para mensurar esse ativo ou passivo a partir de
fontes confiáveis e reconhecidas pelo mercado. Quando não existem essas
fontes, o jeito é a própria empresa estabelecer critérios para fazer
essa mensuração.
Rcardo Lopes, professor da Fundação Getúlio Vargas, explica que para
fazer essa mensuração pelo valor justo a técnica não é de livre escolha.
A técnica a ser empregada deve ser a mais apropriada para as
circustâncias da negociação. Precisa haver disponibilidade de dados, e
as informações a serem utilizadas devem ser as com maior número de dados
observáveis e o mínimo de dados não observáveis.
Às vezes é preciso avaliar não só um item de ativo, mas estabelecer o
valor justo para um conjunto de ativos, passivos ou dos dois,
principalmente no caso de ativos não financeiros, ressalta o Lopes.
Nos critérios de alocação do valor justo, é preciso estabelecer qual o
mercado principal. Na ausência de um principal, qual o mais vantajoso.
Entre as técnicas de avaliação que podem ser eleitas estão a de mercado,
a de custo (considerada o custo de reposição de um estoque para quem
compra) e de receita (leva em conta o fluxo de caixa ou o desconto do
valor do dinheiro no tempo, designado pelo cálculo a valor presente).
O valor justo não deve ser usado em operação de arrendamento mercantil e
imobiliário, que contam com IFRS, e CPC correspondente, próprios.
Por: Carolina Spillari
Fonte: Executivos Financeiros
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