segunda-feira, 23 de julho de 2018

Os custos no processo gerencial e produtivo

Na visão da gestão dos custos, sempre o princípio básico é o de redução por processo, por investimento, ou por fonte.

Reduzir custos sempre é difícil, por tal, é mister saber o que gera os gastos, o que corrobora com a sua posição.

Os fatores em análise são essenciais, embora existam tipos de causa, movimento de causa, custos por produtos, custos por tempo, entre outro mais. Tudo isso favorece ainda mais uma análise gerencial dos custos.

Os custos por processo podem ser reduzidos se houver produtividade na produção. Cada caso é um caso. Generalizações podem ser feitas com cuidado, mas há regras específicas a serem abstraídas tranquilamente.

Um exemplo seria analisar a situação de um empreendimento que possui pois um processo de produção custoso (maquinaria cara, técnica mal posta, funcionários preguiçosos ou improdutivos, materiais com deficiência, etc). Em alguns relatórios se apresentará os principais pontos de custos, o que favorece a uma apelação por uma redução por valores. Ou mesmo um aproveitamento ao máximo de dois fatores: MATERIAIS, E TEMPO.

Os materiais mantém as bases para os custos, porque eles serão trabalhados no processo de formação industrial, ou fabril. São considerados pois os primeiros estoques. Muitas vezes misturados com os custos dos estoques, embora não deixem de serem.

Aqui pode surgir uma dúvida, porque os estoques não são necessariamente custos, todavia, são as matérias iniciais, as matérias primárias, por isso chamamos o mesmo de matéria-prima.

O processo de produção que gerará custos, consumindo os estoques.

Todavia, para se ter os primeiros investimento far-se-á gastos, e os mesmos feitos, batem com um custo que é o da compra, por tal o material é investimento, mas a base inicial não deixa de ser um custo.  

Por este motivo é fundamental trabalhar e muito bem o material, o funcionamento da produção gera custos, então, a sua maior produtividade, gera mais redução, ou melhor dizendo, aproveitamento.

Por consequência temos uma relação importante na redução dos gastos que é o GRAU QUANTITATIVO que se investe. Isto é, os valores.

Também tem relação com o sistema da produtividade.

Gastar muito fora do processo de produção, e do nível de absorção da demanda, ou volume de vendas é DESEQUILÍBRIO, ou fator de IMPRODUTIVIDADE.

No caso, podemos dizer que se o grau de investimento, for muito alto, fora do processo de produção, podemos ter DESPERDÍCIOS DE FATORES PATRIMONIAIS. Ou de fatores produtivos, que são corroborados com a dinâmica de vendas que não favorece de forma alguma a empresa, pois, está abaixo dos excessos de emprego de riqueza.

Para tal a medida de aplicação se considera como suficiente dentro de um parâmetro de produtividade.

Vejamos um exemplo simples a seguir:

Produto A
a)      Materiais: 50.000,00  /   produção: 110.000 unidades
b)      Materiais: 55.000,00  /  produção: 108.000 unidades
c)      Materiais: 60.000,00 /   produção: 107.000 unidades  

Ora, se para o produto A, as unidades não passam de 110.000, e o valor para se manter as mesmas não precisa ultrapassar os $ 50.000,00 temos então uma medida de produtividade.

Veja que se gastou muitos materiais, e se produziu pouco menos que a medida inicial de $ 50.000,00, isso é um investimento improdutivo. Por quê não manter valores em $ 50.000,00 mantendo a produção em patamares adequados? Estes questionamentos que o contador gerencial tem que fazer para apresentar caminhos.

Dizemos que a medida de produtividade dependerá e muito da forma a qual se trabalha com os colaboradores, e com o uso das máquinas.

O processo industrial se for oneroso tende a gerar mais gastos, e com isso, muito menos unidades a se produzir.

Às vezes se utilizar médias não é suficiente, embora seja uma medida aceitável em certas circunstâncias. Todavia, sempre é bom perceber que o trabalho mecânico e humano está sendo bem feito. Os balanços e os relatórios gerenciais permitem auxiliar-nos nesta conclusão.

Basta uma observação direta para perceber e corretamente que a empresa não precisa comprar muito para produzir muito. Ela deve comprar o suficiente. A medida que muitas vezes é difícil de induzir. Por isso a análise.

Os custos de materiais para terem uma quantificação, ou um investimento, é mister que se adequem ao que chamamos de processo produtivo. A forma de trabalhar e amoldar os custos que favorece também a medida. Se o trabalho é usado com ociosidade teremos consequentemente mais perdas. Claro que todas estas medidas são INTERNAS.

O processo que é a base para se investir, ou para se obter igualmente matérias junto aos fornecedores.

Aqui entramos nos chamados custos de FONTES.

Estas fontes por mais que INTERNALIZEM no chamado custo de fornecedores, pois, eles se transformam em dívidas e montam o balanço no capital de terceiros, tem um FATOR MISTO, porque vem de fora, isto é, do EXTERNO, ou mais bem dizendo vêm do MERCADO.

As fontes de financiamento são obviamente os fornecedores, o que pode encarecer mais a produção mesmo com processos de trabalho produtivos, pois, o fator de mercado, a relação exógena é muito mais forte em muitas ocasiões.

Muitas vezes o mercado eleva demais os custos, prejudicando então a manutenção de preços mais baixos ou competitivos.
Mais custos vindo do mercado, mais fornecedores caros, e com isso custos de financiamento mais caros, gerando materiais mais onerosos.

É óbvio que aqui estamos reclamando uma situação com bases ideais em técnica, isto é, para investirmos e muito bem em custos, fizemos uma média dos melhores preços, uma coleta de bons fornecedores, um teste de qualidade, uma dotação financeira, enfim, buscamos os melhores preços e prazos para assim mantermos este produto na empresa. Mesmo com estas condições podem existir gastos gradativos, e onerações de estoques muito maiores.

Custos então de fornecedores geram potenciais altos de oneração, quando todas as possibilidades de sua redução foram esgotadas. Em outras palavras, são custos que podem crescer independentemente da administração.

Mesmo assim, as formas de administração do gasto podem ser melhoradas, considerando o trabalho interno.

Se os custos dos fornecedores aumentar cerca de 5%, mas as medidas de trabalho permitem produzir e vender mais, há um limite maior de estoques, há possibilidade de maiores vendas e mais extensão da empresa, então, este aumento pode ser repassado sem problemas para o trabalho empresarial.

A questão é quando os valores de mercado, ao se patrimonializarem mantêm custos mais onerosos ao processo industrial ou fabril, não achando outra solução senão a de produção normal, e repasse nos preços de vendas.

O crescimento de preços fora do nível do cliente, reduz a concorrência, e faz cair a demanda, gerando uma espécie de inflação especifica, com isso danificando a massa patrimonial no mesmo grau da sua extensão.

Sempre dizemos que os custos para serem bem administrados no processo de trabalho, não podem deixar de terem valores de fornecedores controlados, e medidas investidas de acordo com o potencial financeiro da empresa, para que não haja excessos.

Mas qual é a medida de custo e de produção? É a medida da venda. Mas igualmente da demanda, que pode indicar problemas graves em matéria de excessos de investimentos.
Em nosso trabalho “técnicas de gestão e análise empresarial” ensinamos uma forma interessante de mensurar e muito bem a demanda de modo contábil ou patrimonial.

Quando passamos a considerar os valores em unidades, transformando-os todos em uma medida numérica, percebemos claramente qual é O NÍVEL DE EVOLUÇÃO

O custo dos materiais cresce e cai muito vagarosamente. A demanda está em níveis baixos. E a produção em níveis muito altos.

Produzindo mais do que a demanda absorve faz ocorrer vendas ineficientes, com isso os materiais ficarão “parados”, o resultado de tudo é um investimento em custo não aproveitado, gerando IMPRODUTIVIDADE GERAL DO PROCESSO.

Portanto, é o típico caso de excesso de estoques produtivos. Pois, se a demanda é menor porque se estoca muito mais do que o previsto? Muito mais que se pode vender? Aqui custos de fornecedores altos não interferem tanto nos preços, mas aparece um tipo de custo de oportunidade por aumento de vendas, só que provocando ônus.

Os estoques muito altos, em número de unidades, são medidas também de improdutividade, tudo indica que há um disparate evidente nesta situação.

Se gasta muito sem necessidade, se produz muito mais, se poderia às vezes produzir bem com o mesmo tanto de gastos, e as unidades se mantêm em um patamar que é considerado excessivo.

As unidades devem se manter conforme a demanda, para então termos uma produtividade acertada.

Mercadorias paradas em estoques geram mais custos, o que interferem no processo deixando-o pouco aproveitado. O andamento e funcionamento do produzir gera problemas da mesma maneira, porque não é eficiente e nem aproveitado. Estas condições devem ser observadas numa situação de desequilíbrio.

Uma medida ideal, sem dúvida, é aquela que sustenta um nível de estoques um pouco maior que a demanda, apenas para riscos, juntamente com custos em níveis equilibrados, considerado os fatores ideais de mercado e de administração da riqueza aziendal.

O mercado desfavorecendo os custos iniciais, logo, gerará crescimento esporádicos, ou até sucessivos, todavia, neste caso, podemos entender claramente que a posição e a medida está em manter os custos em níveis equilibrados numa concepção interna, ademais quando o mercado seja-lhe favorável, e junto a isso um grau de produção que não cresce de qualquer maneira, mas respeitando o volume das vendas.

Disparates nas três situações fará o processo de produção estar ineficiente, ou se produzirá muito ou pouco, ou fora daquilo que se investe gerando outras consequências empresariais, que daria outras abordagens gerenciais bastante profícuas.

Rodrigo Antonio Chaves Silva é contador, especialista em gestão econômica das empresas, Professor universitário, perito judicial, consultor, analista e auditor, ganhador do prêmio internacional de contabilidade financeira Luiz Chaves de Almeida, e de história da contabilidade Martim Noel Monteiro, imortal da academia mineira de ciências contábeis, e possui 20 livros escritos.

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