terça-feira, 3 de julho de 2018

O termo “interpretação” é uma palavra de origem Contábil

Você não vai acreditar mas é a pura verdade.

Em minhas pesquisas consegui descobrir que a origem da palavra interpretação, como a finalidade máxima da filosofia, a síntese da dialética, e o produto dos gênios tem uma origem histórica na contabilidade. 

Por quê? Vamos explicar.

Primeiro, o que é a interpretação? É a síntese, o produto, o resultado de uma discussão, de um debate, de uma meditação, visando pois a melhor qualificação de um conhecimento, ou a adequada disposição de um raciocínio. 


Ela surge com base latina, significando interpretiatione. 

Por causa do mercado romano? Sim.

No mercado romano, começavam as discussões em torno das estimas dos melhores, preços, isto é, as stimas. 

Perguntavam Datemi i suoi prezzi per aprezzare i valori (Me dê os seus preços para apreciar os valores), e então, com as medidas de “tanto” e “tanto” tentava-se chegar no valor da mercadoria. Assim é que o professor Masi explica na sua “Ragioneria nella antichitá”. 

Porém, vamos mais fundo sobre o substantivo “interpretação”.

O termo interpretação, em análise sintática, se entende “inter” que significa “para fora”, e “pretatione”, “precificação”, “preços”, “apreciação”, fazendo pois o termos “preços de fora” ou “para fora dos preços”. 

Por quê? Porque os clientes começavam a discutir os melhores preços, ou qual seria o melhor preço, entre as barracas, com o fim de atingir o menor valor.

A palavra interpretação provêm de uma origem então contábil, na formação do preço dos mercados romanos, nas praças e feiras, nas quais gritavam buscando o melhor valor, ou o mais barato.

Interpretar é “sair fora dos preços” a fim de ver se aquele preço é o melhor.

Claro que é uma origem contábil, patrimonial, econômica, mas como podemos ligar ela melhor no sentido filosófico? Simples. No sentido filosófico a interpretação é a melhor colocação de raciocínio ou argumento, de discurso, sobre as diversas cifras colocadas, como o resumo de uma dialética. 

A origem se entende igual: a interpretação é a melhor colocação ou extração de um argumento, e no sentido histórico-contábil é o melhor preço dentre aqueles que são colocados fora daquela feira de negociação. 

E antes? Porque a cultura grega predominou antes de ser dominada pelos romanos.

Igualmente a origem é a mesma, pois, a banca grega tinha o mesmo sentido de interpretação nos mercados, cuja translação da palavra foi praticada pelos filósofos nos jardins de discussão, que eram denominados de academia. 

Então a palavra interpretação tem origem nos preços, na discussão do melhor valor, nos mercados romanos e gregos, de modo a se tirar o mínimo múltiplo comum, de várias premissas.

O mesmo se tira da filosofia, pois, a finalidade maior do amor à sabedoria é interpretar. 

Estas explicações fazemos com base na leitura das obras de Pinharada Gomes e Diógenes Laércio, dois dos maiores filósofos portugueses além da obra de Masi.

Existe uma outra explicação de origem grega ligada ao termo Hermes, que deixamos para uma outra ocasião, aqui centraremos apenas no substantivo “interpretação”. 

Paz e Bem!

por Rodrigo Antonio Chaves Silva é contador, especialista em gestão econômica das empresas, Professor universitário, perito judicial, consultor, analista e auditor, ganhador do prêmio internacional de contabilidade financeira Luiz Chaves de Almeida, e de história da contabilidade Martim Noel Monteiro, imortal da academia mineira de ciências contábeis, e possui 20 livros escritos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário