Para o estudo, que é produzido mensalmente, o Credit entrevista 200 chineses de 61 cidades e colhe opiniões sobre diversos aspectos da economia que afetam diretamente a população. Conheça abaixo um pouco melhor o modo como os chineses veem a própria economia.
Inflação
42% dos participantes da pesquisa pensam que a inflação vai aumentar. No mês passado, este número chegava a 48%, o que indica que a população começa a acreditar nas políticas de arrocho do governo. Os jovens são mais pessimistas: 59% dos chineses entre 18 e 29 anos acham que o índice de preços ao consumidor vai subir. Na faixa etária entre 46 a 65 anos, apenas 33% espera alta de preços.
Emprego e renda
Os chineses veem pela frente estabilidade quando o assunto é emprego e renda. Cerca de 54% dos entrevistados acha que seu salário permanecerá o mesmo nos próximos meses, assim como a oferta de vagas. Apenas 26% deles estão confiantes no aumento do salário e do nível de emprego, e 20% correspondem à parcela mais pessimista.
Economia informal
Apesar do otimismo com relação ao mercado de trabalho, a parcela da população que confessa estar envolvida na economia informal ainda é elevada: 48%. De acordo com a pesquisa, a maioria dos que estão na informalidade vêm de regiões com baixa oferta de crédito para financiamentos.
Mercado imobiliário
Segundo o relatório do Credit Suisse, os chineses acreditam que o mercado imobiliário passará por uma fase de desvalorização. Quase 55% dos participantes acha que o preço dos imóveis vai cair. O julgamento tem como base uma política de controle de preços do governo, que já conseguiu baixar o preço de imóveis em algumas regiões do país em outubro. Além disso, 22% dos chineses disseram que comprariam uma segunda casa de o preço dos imóveis caísse entre 20% e 30%.
Consumo
Do total de participantes da pesquisa, 45% disseram que pretendem gastar mais em novembro, uma redução na comparação com o mês anterior. Outros 15% disseram que vão cortar gastos. Este é o maior percentual desde junho. A decisão pode ser explicada pelo fato de que os chineses tiveram um ritmo de gastos maior em outubro, por duas razões: no mês passado houve um importante feriado nacional; além disso, como a expectativa de inflação havia diminuído em setembro, o consumo aumentou em outubro.
Alimentação
Quase 70% dos participantes da pesquisa acreditam que a segurança alimentar no país não teve avanços significativos nos últimos meses. A opinião se mantém mesmo com políticas bastante específicas do governo chinês para aprimorar o manejo de alimentos e evitar deterioração.
Cerca de 49% dos chineses que participaram da pesquisa do Credit Suisse sabem pouco a respeito de alimentos geneticamente modificados. Este foi o percentual de pessoas que disse não saber se este tipo de alimento é tóxico.
Transportes
Apesar de os trens de alta velocidade serem populares no país, a preferência dos chineses é por viajar de avião. Cerca de 64% dos participantes da pesquisa opta pelas companhias aéreas, enquanto apenas 16% encara a viagem de trem.
Fonte: Exame
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