domingo, 16 de outubro de 2011

16/10 RISCO EMPRESARIAL: CONTABILIDADE INIDÔNEA




1. Introdução
O cenário econômico nos remete a uma reflexão das crises, financeira, européia, juros, inflação, variação cambial, tributos, custos trabalhistas, mercado, concorrência, volatilidade, oscilações, imprevisibilidade de recuperação de mercados, e demais fatos que dificultam a gestão empresarial.
É fato que a existência de um P E S - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SUSTENTÁVEL, associado a um DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL, executado com transparência e controle interno, visa identificar os pontos fortes e fracos, de modalidade intrínseca e extrínseca da gestão empresarial, possibilitando inserir menor RISCO a capital investido, haja vista a imprevisibilidade do mercado financeiro.    
  
O controle de CUSTOS E DESPESAS se tornou essencial para que possamos valorizar o capital investido, buscando sempre identificar o custo benefício de qualquer investimento que signifique desembolso de capital.
 
Os profissionais envolvidos na gestão empresarial devem possuir uma capacitação e qualificação que denote a comprovação do CHA (Competência, Habilidade e Atitude), que relate sugestões que possam agregar valor e valorizar o capital investido. 
 
A criatividade deve ser utilizada com sincronia racional que possa alimentar a possa ser inevitável.
 
O número de empresas optantes do Simples Nacional, e as empresas Médias, representam um expressivo capital investido para obtenção dos resultados positivos, mas isso implica em diversas variáveis, dentre elas, a elaboração de uma CONTABILIDADE em perfeita sintonia com os fatos e atos da gestão empresarial.
 
Esse fato implica na existência de um PROFISSIONAL ou ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE, que demonstre e comprove atualização e experiência, junto ás inovações tecnológicas tributárias, as adequações internacionais da contabilidade, e principalmente uma visão holística de competências que possam conceder na afinidade desejável.
 
2. Perfil desejável do Profissional de Contabilidade
Face ás significativas alterações da contabilidade societária oriundas da adequação internacional, que introduziu os princípios da IFRS, USGAAP, IASB, FASB e demais com objetivo de dar maior transparência e controle interno das empresas brasileiras.
Agregado as inovações tributárias que somam a exigência de transparência das citadas empresas.
Em consonância a essas inovações é mister salientar que a exigência do profissional de contabilidade se tornou mais prolixa, exigindo uma postura mais profissional e globalizada desses profissionais.
 
O perfil atual desses profissionais derivado de sua cultura jurássica com seu nível educacional, agregado a um procedimento do gestor empresarial é factível a existência de ERRO, DOLO e principalmente de INCONSISTÊNCIA CONTÁBIL, conseqüência dessa adequação.
 
Os CPC’s aprovados pelo CFC ensejam a aplicação prática dessa adequação, que por sua vez, normatiza os procedimentos para essa alteração, que lamentavelmente deixa órfão esse profissional com sua pífia cultura existencial.
 
A mudança é radical e deveria ser aplicada paulatinamente de forma que esses profissionais pudessem primeiramente proceder sua alteração cultural e educacional para em seguida assimilar com veemência a citada adequação internacional, sem ocasionar maior RISCO a gestão empresarial.
 
As escolas, a academia e centros de treinamento estão oferecendo cursos para esses profissionais, acontece que esses treinamentos atende somente aqueles que se preparou para esse momento, que na realidade representa uma minoria.
 
Com o advento do EFD, Nota Fiscal eletrônica, Conhecimento de Transporte eletrônico, Nota Fiscal de Serviços eletrônico, SPED – Fiscal, SPED - Contábil, SPED – Folha, SPED - PIS/COFINS, Ponto eletrônico, Homolognet, Certificação e demais procedimentos, exige das empresas um ambiente de transparência e maior controle interno, em conseqüência o profissional de contabilidade deve se atualizar e possibilitar maior foco aos seus relatórios contábeis em sintonia com o planejamento empresarial e de mais controles.
 
A análise e sugestão desse profissional exigem maior capacitação e qualificação de seus conhecimentos específico, para que possa agregar valor a atividade da empresa, ratificando a sua existência.
 
Grande parte dos profissionais em exercício carece de melhor formação que possa agregar valor a gestão empresarial com seus relatórios e sugestões apresentadas, primeiros pelas inovações absorvidas no exercício dessa profissão segundo pela fragilidade de sua formação educacional e cultural.

3. Seguro Profissional
Esse profissional tem como alternativa contratar seguro para garantir seus ERROS e INCONSISTÊNCIA CONTÁBIL, que possa por em RISCO sua atividade laboral, mas devemos observar que em sua maioria citados enganos derivam de DOLO, que, lamentavelmente não pode ser assegurado, haja vista a sua origem analítica.
 
Acontece que o maior dos enganos contábeis, tem como origem o DOLO, pois mesmo que tenha seguro não tem valia quando oferece a esse ilícito, devendo o mesmo responder civil, penal e criminalmente por seus delitos.
 
Esse fato delituoso deixa a empresa cliente passível de responder por citadas falhas, principalmente quando inibe o recolhimento de tributo, seja, federal, estadual e municipal, e ainda as contribuições sociais e trabalhistas.

4. Sistema de Informação
Com o advento dos sistemas de informática sendo utilizadas pelo EFD e similares trabalhistas e previdenciários, exigem das empresas um sistema que possa utilizar internamente, haja vista a exigência fiscalizatória no cumprimento das obrigações tributárias, desaguando na contabilidade contribuindo significamente na elaboração dos relatórios contábeis, que devem ser analisados, aferidos por profissional de contabilidade com a gestão empresarial.
Nesse processo deverá haver uma seleção mais qualitativa dos profissionais de contabilidade buscando com isso a necessidade de possuir uma sólida formação que possa oferecer ações corretivas que agreguem valor a gestão empresarial.

5. RISCO EMPRESARIAL
A empresa deve observar com bastante critério sua escolha desse profissional, sob pena de responder por suas ações direta ou indiretamente, ocasionando ônus financeiro, muitas vezes insuportáveis pelo capital das mesmas.
 
A aferição dos relatórios contábeis representa fator necessário pela gestão empresarial na podendo em hipótese alguma deixa a mercê somente do profissional de contabilidade, já que ambos devem responder por sua ação.
 
A transparência e controle interno representam os fatores norteadores da gestão e da contabilidade, embasados em um planejamento e seguidos diagnósticos empresariais que devem ser executados. 
 
Acredito que não somente a contabilidade como também auditoria, assessoria e consultoria empresarial devem manter exímio controle contratual de suas ações laborais sob pena de ser responsabilidade por ações derivadas de sua atividade econômica.

6. SUGESTÕES
Empresas e principalmente profissionais devem observar com clarividências seus contratos e suas ações, pois sua responsabilidade e suas conseqüências podem prejudicar seu futuro e de sua família.
 
Investidores devem observar que seu capital exige maior performance profissional dos investidos e que possam minimizar o risco empresarial, que atualmente representam alto risco.
 
Governos e sociedade hão de exigir uma postura diferenciada das empresas, que possam conceder maior continuidade e sustentabilidade das empresas, que para atingir esse objetivo se faz necessário ações planejadas e aferidas.
 
CONCLUSÃO
A cautela na contratação desses profissionais, devem essencialmente observar a sua formação e suas realizações no aspecto laboral técnico e principalmente seu acompanhamento a fim de proceder às aferições necessárias.
 
Seu contador ou escritório de contabilidade tem profissionais que labutam em contabilidade full time?
Esses profissionais escrevem artigos, tem livros editados?
Esses profissionais lecionam em entidade de curso superior?
Esses profissionais se relacionam com entidades que ajudam em sua formação? 
Esses profissionais demonstram possuir uma melhor cultura, educação na sua formação?
Que idéias ou sugestões positivas foram oferecidas para melhorias da gestão empresarial por esses profissionais?
Se, alguma dessas perguntas o deixou desconfiado, ou pensativo, não se preocupa sua inação o deixará sem empresa e sem futuro.  
Mas acredite isso faz parte de um sistema, alguém sempre terá que pagar por sua inépcia.
Agora, você pode identificar, que quando você e sua família se dirigem a um espetáculo circense, sabiamente visualizará de que piada a platéia está rindo e de qual palhaço que muitas vezes não está no picadeiro. 
O presente artigo não pretende ser completo, nem tão pouco indelicado ou rude com as classes envolvidas, mas visa chamar atenção para o momento especial que a globalização exige e na ocasião me desculpo caso o entendimento for díspare, mas não podemos deixar de refletir sobre esses pontos relatados.

Bibliografia:
da Costa, Elenito Elias, Contabilidade – Coletânea de Artigos No.1, Editora Fortes
da Costa, Elenito Elias,  Contabilidade – Coletânea de Artigos No.2, Editora Fortes
da Costa, Elenito Elias – Transparência das Demonstrações Contábeis e Financeiras, Editora Juruá
da Costa, Elenito Elias – Artigos publicados em HARVARD, Portugal, Espanha e Brasil.
Bíblia, IFRS, USGAAP, FASB, IASB, CFC e CPC
 


Autor: ELENITO ELIAS DA COSTA, contador, auditor, analista econômico e financeiro, professor universitário, escritor, sócio da empresa, Irmãos Empreendimentos Contábeis S/C Ltda.   
 

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